ONG do MS já preparou mais de 1,5 mil alunos de baixa renda para a universidade

Voltado às minorias sociais, Instituto Luther King depende de parecerias e doações para atender 140 jovens oriundos de escolas públicas com aulas preparatórias para o ensino superior.

Foto: Divulgação

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Em 2006, o então estudante de escola pública Fábio Henrique Pinheiro Silva, agora com 28 anos, percorria mais de 30 quilômetros de bicicleta, das Moreninhas ao centro de Campo Grande, para assistir às aulas de um cursinho preparatório para o vestibular. Cinco anos depois, formou-se em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e, atualmente, trabalha como consultor de perdas de energia em uma multinacional no Rio de Janeiro-RJ.

Fábio é apenas um dos mais de 1,5 mil alunos que passaram pelo Instituto Luther King, organização sem fins lucrativos que nasceu na Capital em 15 de fevereiro de 2003 com o propósito de contribuir para a ascensão social de pessoas de baixa renda por meio da educação. Atualmente, a instituição oferece aulas das disciplinas cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e de informática básica a 140 jovens oriundos de escolas públicas a cada ano, proporcionando também orientação sobre a escolha da carreira.

“É uma instituição que visa a suprir deficiências que as pessoas trazem especificamente da educação e das diferenças socioeconômicas que existem neste País, uma diferença abissal entre quem tem tudo e a maioria que não tem nada”, explica o idealizador do projeto, o juiz aposentado Aleixo Paraguassú Netto. Para isso, o instituto dedica atenção especial às chamadas “minorias sociais” (negros, indígenas e portadores de deficiência, por exemplo), baseado no conceito de ação afirmativa.

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Para oferecer aos alunos um ensino de qualidade como instituição sem fins lucrativos, com aulas ministradas por alguns dos mais conceituados profissionais do Estado, entre os quais doutores e mestres, o Instituto Luther King depende de doações da sociedade civil, já que os recursos recebidos provêm de parcerias com empresas ou de colaboradores individuais.

Conforme a coordenadora pedagógica do Instituto Luther King, Janilce Meire Gomez Muniz, embora parte dos professores atue de forma voluntária e a outra parte contratada pelo Governo do Estado, ainda é precisa suprir as necessidades básicas de manutenção, como água, energia elétrica e telefone, entre outras.

Um exemplo dessas importantes parcerias foi a doação de livros didáticos e de leitura realizada pelo Colégio Dom Bosco, no dia 31 de março. O coordenador pedagógico do colégio, Lúdio Silva, explicou que ação foi resultado de uma campanha iniciada em 27 de fevereiro, quando é comemorado o Dia do Livro Didático, e que mobilizou grande parte dos alunos da escola.

“Acreditamos na seriedade e competência do Instituto Luther King, que colabora diretamente para a mudança social por meio da educação de qualidade. Por isso mobilizamos nossos alunos para ajudar, desejando que ação sirva de exemplo para outras iniciativas semelhantes”, comentou Lúdio. Para Janilce, tais iniciativas são essenciais para a manutenção do trabalho que já dura 13 anos e que tem ajudado muitos jovens de baixa renda a se tornar médicos, odontólogos ou engenheiros, entre outras profissões.

Serviço

Para saber como se tornar um colaborador, o interessado pode destinar-se à sede do instituto, na Av. Fernando Corrêa da Costa, 603, Centro, Campo Grande/MS, ligar para (67) 3384-8919 ou acessar http://www.lutherking.org.br/.

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