Em alerta divulgado na última sexta-feira, a ONU destacou o aumento preocupante de ataques cibernéticos direcionados ao setor de saúde, que ameaçam não apenas a segurança de dados sensíveis, mas também o atendimento aos pacientes. Hospitais e outras instituições de saúde têm se tornado alvos frequentes desses ataques, devido à natureza crítica de seus sistemas e ao volume significativo de dados confidenciais armazenados.
Em 2024, o setor de saúde no Brasil registrou um aumento significativo nos incidentes cibernéticos. Dados da Kaspersky indicam que, até maio, foram bloqueadas mais de 106 mil tentativas de ataques de ransomware no país, com o setor de saúde sendo o terceiro mais visado, contabilizando 6,5 mil dessas tentativas. Esse número representa um salto do sétimo para o terceiro lugar em comparação com 2023, evidenciando a crescente vulnerabilidade das instituições de saúde a ataques cibernéticos.
Segundo Patricia Peck, CEO do Peck Advogados, essa realidade reforça a necessidade de uma estratégia de cibersegurança abrangente no setor.
“O fortalecimento das políticas de segurança é fundamental para reduzir os riscos e garantir que as instituições estejam preparadas para responder de forma ágil a incidentes, preservando tanto a segurança dos pacientes quanto à conformidade com a legislação”, afirma.