A venezuelana Anyely Del Valle Rivas, de 24 anos, desembarcou na capital federal nesta segunda-feira (06), vinda de Boa Vista (RR). Ela chegou com outros 130 imigrantes, assistidos pela Operação Acolhida do governo federal. Quem a recebeu no aeroporto foi o pai, Gustavo Rivas, que já vive em um município goiano, no entorno de Brasília.
Reencontrar a família foi o motivo que também trouxe Maryelis Rangel, de 33 anos, e o filho, Yerixon, de 12 anos, a Brasília. Aqui eles encontraram o irmão e a cunhada. Depois de perder o emprego em Boa Vista, ela espera por dias melhores na capital federal.
Para a secretária Nacional de Assistência Social, Mariana Neris, reforçar os laços dessas pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade por conta do grave problema humanitário no país vizinho é uma das principais funções da Operação Acolhida e do Sistema Único de Assistência Social.
De acordo com a coordenadora do Subcomitê Federal de Interiorização do Governo Federal, Niuzarete Lima, a expectativa é encaminhar cerca de duas mil pessoas por mês para outras partes do país. Para isso, é necessário reforçar parcerias com governos locais e instituições privadas.
De 2018 – até novembro do ano passado-, mais de 25 mil pessoas foram interiorizadas para de 356 municípios em todo o país. A iniciativa, coordenada pela Casa Civil da Presidência da República com o apoio também do Ministério da Cidadania, tem como objetivo promover a inclusão socioeconômica dos venezuelanos que chegam ao Brasil pela fronteira com Roraima. Para participar das operações de interiorização, os refugiados ou migrantes venezuelanos precisam aceitar participar do processo. É feita uma triagem para saber quais municípios estão aptos a recebê-los, com oportunidades de emprego ou o apoio de amigos ou familiares que já tenham se estabelecido. O solicitante tem toda documentação verificada e, uma semana antes de ser transferido, passa por uma avaliação clínica, para verificar as condições de saúde, além de receber imunização completa.