Oportunidades de negócios também nascem de desastres naturais

Todos os anos, os Estados Unidos são atingidos por furacões e tornados. Em 2005, o Katrina arrasou a Costa Sul do país e deixou mais de 1.000 mortos, com prejuízo de 108 bilhões de dólares; em 2012, a tempestade Sandy devastou os Estados de Nova Jersey e Nova York, causou mais de 120 mortos e prejuízo estimado de 71 bilhões dólares. Mais recentemente, a tempestade Harvey que passou pelo Texas, matou 30 pessoas e pode ter deixado um prejuízo em torno de 12 bilhões de dólares. Agora, o Irma, está se aproximando da Costa Leste da Flórida, próximo a Carolina do Sul, em categoria 5.

Esses desastres movimentam a economia. Apenas a aproximação do Irma já fez com que alguns estabelecimentos não tenham mais água na região de Miami, o preço do combustível subiu. Começam a faltar comida, pilhas e mantimentos que as pessoas compram para estocar.

Furacão Katrina devastou Costa Sul dos EUA – Foto: Divulgação

O que é prejuízo para uns, seguradoras, por exemplo, pode ser lucro e possibilidade de negócios para outros. Acompanho muito os fenômenos naturais, por conta de oportunidades de investimentos que eles geram: ações de empresas que sobem e descem, novos negócios em construção residencial e comercial, além de manutenção e prevenção imobiliários. Alguns exemplos de opções que podem ser exploradas:

  • Reforço de proteção em vidros:no Japão há uma película invisível que pode ser instalada fora da janela e suporta até 600 kg de impacto. Aqui nos Estados Unidos o costume é usar apenas películas internas, que evitam apenas que o vidro se estilhace, mas não têm a mesma proteção da tecnologia japonesa.
  • Instalação de barreiras móveis: para evitar que a água entre na casa ou comércio há uma tecnologia na China que substitui placas metálicas por pequenas placas acrílicas, mais leves, menores e com durabilidade maior.
  • Energia solar: os primeiros recursos impactados quando acontece um desastre natural de grandes proporções são a energia e a água. A tempestade passa em um ou dois dias, mas as pessoas ficam sem luz e água quente, por exemplo, por semanas.

Mas, vale reforçar que não há necessidade de pânico, sempre acho que o lugar mais seguro é a própria casa das pessoas e só é necessário sair se houver uma ordem de evacuação, informada formalmente pelas autoridades competentes por meio de mensagens automáticas disparadas, inclusive, por telefone. Sugiro precaução sem pânico: abastecer o carro, comprar água e mantimentos.

Hoje o país está muito bem preparado e há uma série de aparatos tecnológicos para prevenção. Eu acompanho as boias do NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), departamento do governo dos Estados Unidos que monitora fenômenos meteorológicos e de clima, para emitir alertas sobre desastres naturais. Eles captam dados como temperatura da água e do ar, movimento do vento e da água e uma série de outras informações que com o tempo, mesmo sem ser um especialista no assunto, é possível entender.

E, para quem deseja vir para o Estados Unidos, sempre indico que faça isso em um momento adequado. Os meses de dezembro e janeiro são a época do ano mais tranquila para se mudar para a Flórida, por exemplo, para que os imigrantes possam se acostumar com a cultura e se preparar para a época de tornados que começa em julho.

*Daniel Toledo é advogado especialista em Direito Migratório e sócio-diretor da Loyalty Miami, consultoria que realiza a implantação, gestão e administração de negócios internacionais www.loyalty.miami

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