Campo Grande (MS) – Como parte integrante da programação alusiva ao mês da Consciência Negra será realizada a exposição “Diversos Variáveis: Que pais é esse?”, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, dia 18/11 às 19h. Além da exposição, também haverá diversas manifestações artísticas como dança, performance e poética sonora. A exposição ficará aberta ao público de 18 novembro a 02 de dezembro. O evento é realizado pela Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) com o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
O evento pretende refletir sobre ações contra a discriminação racial no país. A exposição coletiva apresenta “diversos variáveis”, pelo olhar de cinco artistas negros; Savalla, Roberto Passos, Davi Nunes, Nataniely Bruna e Galvão Pretto. A exposição terá as vertentes da pintura, da escultura objeto, do desenho, fotografia, mostrando de forma surpreendente o universo criativo, social e artístico e nem sempre visíveis.
Ainda durante a abertura também estará em exposição na sala Inês Correia da Costa o projeto das “Bonecas Pretas” com o Coletivo de Mulheres Negras de MS – Raimunda Luzia de Brito – oferecendo um recorte racial para as brincadeiras construtivas da infância, apontando um histórico social de futuro, em que um coletivo de mulheres se agrupam e com seus fazeres propõem um trabalho crítico e artístico artesanal.
Também haverá manifestação de linguagem de poesia sonora, na categoria poética musical do Hip Hop, Marco Cardoso e Parça e Rodrigo Castejon/ General R3, cada um com suas rimas sociais críticas.
Com uma abordagem sobre questões que atingem vários indivíduos da população afrodescendente, também estará em evidência o trabalho da médica Berenice Assumpção Kikuchi, numa pequena série de pinturas, linguagem em que apresenta a resiliência da anemia falciforme, assunto de sua contribuição a favor de melhorias na condição de saúde.
Já com a dança haverá a performance de Mariana de Castro e Robson Marx, nas apresentações com Afoxé, reverenciando as bases religiosas e culturais de matriz africana, trazidas para o território brasileiro, na sua formação.
Para o artista plástico e gestor de artes e cultura da Fundação de Cultura de MS, Ilacir Galvão dos Santos (Galvão Pretto), o evento pretende ampliar o entendimento social das pessoas sobre as ações de outras oriundas das matrizes africanas, “bem como divulgar atitudes, comportamentos e pensamentos, seus conhecimentos e as propostas sócio-culturais como parte integrante da sociedade brasileira”, pontua Galvão.