Com o objetivo de combater o desenvolvimento do percevejo marrom na cultura da soja, o Sicredi e a Fundação MS assinaram na manhã deste sábado (5), no Eco Hotel do Lago, um termo de cooperação para o desenvolvimento de uma pesquisa que promete auxiliar milhares de sojicultores no Estado e no Brasil. A cerimônia contou com a presença de representantes de diversas entidades e, ainda, profissionais ligados à agricultura em Mato Grosso do Sul.
O estudo, chamado de “Validação e adaptação da técnica de criação massal e influência da temperatura no desenvolvimento de Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae), tem o intuito de desenvolver larvas da vespa para combater o percevejo marrom.
De acordo com dados divulgados pela Fundação MS, o estudo realizado verificou que esta técnica de combate ao percevejo com o uso das larvas, reduziu 66% das aplicações de inseticidas para controle de lagartas e 50% para o controle de percevejos no primeiro ano de estudos, enquanto que no segundo ano de estudos, a redução da utilização de inseticidas foi da ordem de 80% para o controle de lagartas de 33% para o controle de percevejos, sem comprometer no rendimento de grãos.
O percevejo marrom é citado como uma das principais pragas da soja no Brasil, e que pode causar danos nas plantas, como abortamento de vagens, redução do tamanho e escurecimento dos grãos, redução do rendimento e da qualidade dos grãos colhidos, bem como a chamada “soja Louca”. Isso pode resultar em prejuízos para os produtores da cultura. Para o controle desta praga, a recomendação dos especialistas é monitorar constantemente a lavoura, além do uso de defensivos químicos no momento adequado.
Na avaliação do presidente da Fundação MS, Luciano Mendes, as pesquisas permitem o desenvolvimento de alternativas eficientes para o controle da praga. “Nesse sentido, surgiu a parceria com o Sicredi, o que irá proporcionar resultados maiores no desenvolvimento deste estudo, que já vem apresentando resultados positivos em Mato Grosso do Sul em safras anteriores, desde 2013, por meio de pesquisas realizadas em algumas áreas”, comenta.
Fonte: Sato Comunicação