A Defesa Civil de Maceió anunciou que a mina 18 da petroquímica Braskem, no bairro do Mutange, sofreu um rompimento parcial no último domingo (11), por volta das 13h15 (horário local), no trecho da Lagoa Mundaú.
Imagens divulgadas pelas autoridades da região mostram jatos de água lamacenta provocando um redemoinho em um ponto próximo à margem da lagoa.
Até o momento, não há detalhes sobre o tamanho exato da cratera aberta sob a água.
Segundo a Defesa Civil de Maceió, a mina e todo o seu entorno já estão desocupados e o colapso não coloca nenhuma pessoa em risco.
O prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas, JHC, divulgou o momento em que a mina se rompe e informou que sobrevoará a região.
Por sua vez, a Braskem emitiu uma nota classificando o rompimento como “outro movimento atípico” que foi detectado na lagoa e ressaltou que a área está sendo monitorada.
Equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia avaliam os dados da Defesa Civil de Maceió e informaram que o “incidente foi localizado, sem danos maiores aparentes”. Informações da rede sismográfica gerida pelo Serviço Geológico (SGB) indicam que dois sismos de pequena magnitude ocorreram poucas horas antes do colapso.
Desde 30 de novembro, o solo afundou 2,35 metros. Toda a região foi evacuada no dia 29 do mês passado por ordem judiciária. De 2018 até hoje, 14 mil imóveis foram abandonados devido à instabilidade do terreno na região.
Em 2019, um afundamento foi registrado, causando um tremor de 2,5 de magnitude, e o SGB confirmou que a causa dos danos foi a extração de sal-gema – utilizado também para a produção de soda cáustica – iniciada em 1975. A exploração mineira criou crateras subterrâneas, que causaram danos em casas e edifícios.