A empresária Mireylle Fries, de 41 anos, que ficou ferida no acidente com um avião que atravessou a pista do Aeroporto de Ubatuba e explodiu na Praia do Cruzeiro, na manhã desta quinta-feira (9), está internada em estado grave. Nesta sexta-feira (10), ela foi transferida para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
O marido dela, Bruno Almeida Souza, de 48 anos, e os filhos – Lucca Fries Almeida, de 6 anos, e Aila Fries Almeida, de 4 – têm quadro de saúde estável e seguem no Hospital Regional do Litoral Norte (HRLN), em Caraguatatuba. A família, que inicialmente foi levada para a Santa Casa de Ubatuba, foi transferida para o HRLN durante a tarde de ontem.
A aeronave da família Fries saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, na manhã de quinta. As condições meteorológicas na cidade do litoral norte de São Paulo “eram degradadas, com chuva e pista molhada”, segundo a Rede VOA, concessionária que administra o Aeroporto de Ubatuba. Após o pouso, o avião ultrapassou a pista, atravessou o alambrado, caiu na avenida e parou na praia enquanto explodia.
O piloto, Paulo Seghetto, ficou preso às ferragens, chegou a ser retirado pelo Corpo de Bombeiros, mas veio a óbito ainda no local. Uma mulher que estava na orla no momento do acidente tentou correr e acabou se ferindo também. Ela foi atendida na Santa Casa de Ubatuba.
Piloto é enterrado
O corpo do piloto Paulo Seghetto, que morreu na explosão do avião que pilotava em Ubatuba (SP), foi enterrado às 14h, nesta sexta-feira (10), em Ribeirão Preto. O sepultamento aconteceu no Cemitério Parque dos Girassóis, na zona sul.
Natural de Goiânia, Seghetto entrou na aviação ainda jovem. Ele trabalhou na VoePass Linhas Aéreas, de 2010 a 2014, e na empresa Sete Táxi Aéreo. Nos últimos anos, começou a se dedicar a voos particulares, geralmente saindo de Goiás.
Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião – um Cessna Citation 525 CJ1, prefixo PR-GFS, de 2008 – estava em situação normal e tinha capacidade para transportar sete passageiros. A aeronave, entretanto, estava proibida de operar como Táxi Aéreo. Além de Mireylle, são donos da aeronave: Nelvo Fries, Maria Gertrudes Fries – mãe dela –, Celso Fries, Leyna Fries e Crystopher Fries.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para investigar as causas do acidente.