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O gasto no mercado de fungicida no Brasil gira em torno de 2 bilhões de dólares por safra. Desse volume, 90% estão voltados para venda de produtos contra a ferrugem asiática, uma das principais pragas que assola a agricultura no Brasil. A informação serviu de alerta aos produtores rurais que participaram de palestras durante o Showtec 2016, que segue em Maracaju até sexta (22).
Segundo Rodrigo Valeriano, engenheiro agrônomo, mestre em Fitopatologia pela Universidade Federal de Lavras e pesquisador da Dow AgroSciences, mesmo com tantos investimentos, o produtor rural ainda sofre muitas perdas na lavoura. “Muitos acabam fazendo até 12 aplicações de fungicida em uma mesma safra e isso acaba contribuindo para gerar resistência de patógenos aos produtos, aumentando o problema”, explicou Rodrigo.
Durante a palestra “Manejo Integrado de Doenças Fúngicas na Soja”, o pesquisador orientou os participantes sobre as principais pragas que atacam a cultura, como a ferrugem asiática, mancha alvo, mancha púrpura, antraquinose, mofo branco e tombamento e morte em reboleira.
“O objetivo foi mostrar ao produtor que ele precisa conhecer o histórico de problemas da área, as condições de adubação no solo, já que os fatores nutricionais podem ajudar no manejo da doença, avaliar a escolha da variedade a se plantar em função do tempo que o produtor tem, a disponibilidade de maquinário, e os produtos a serem utilizados para o combate da praga, além dos diferentes modos de ação para evitar a resistência”, disse.
Outra palestra que abordou controle de doenças foi “Manejo Integrado de Pragas em Soja e Milho”, com o pesquisador da Dow AgroSciences, Mário Henrique Dalpogetto, pós doutor em Entomologia pela Unesp de Botucatu.
Sobre o Showtec
Destinado aos produtores e empreendedores rurais, técnicos agrícolas, acadêmicos, entre outros, o Showtec é uma feira anual onde são apresentados produtos e serviços ligados ao setor agropecuário, lançamentos, inovações tecnológicas, sistemas de produção, palestras técnicas e resultados de pesquisas que contribuem para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
O evento é realizado pela Fundação MS e tem como principais promotores o Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) e conta com o apoio do Sindicato Rural de Maracaju, Prefeitura Municipal de Maracaju, Sebrae/MS (Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena e Micro Empresas), Senar MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul), Embrapa Gado de Corte, Embrapa Agropecuária Oeste, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Sicredi e Fundect (Fundação de Apoio do Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).
Fonte: Sato Comunicação
