Pesquisadores registram crescimento de uso das redes sociais em Angola

Em pesquisa recente, a empresa de comunicação MF Press Global aponta o crescimento do uso das redes sociais e do acesso a internet em Angola, que destaca-se a frente de diversos outros países em África.

Foto: MF Press Global

A internet em África sempre foi vista como limitada pela taxa de penetração, alto custo e baixa velocidade relativamente a outros países do mundo. Contudo, felizmente, este panorama está a mudar, em especial tratando-se de Angola.

O relatório “Digital in 2018” foi divulgado em janeiro deste ano mostra que, mundialmente, em 2017 cerca de ¼ de bilhão de novos usuários conseguiram acesso a rede pela primeira vez, em especial graças aos telemóveis e conexões a redes 3G e 4G/LTE. Desta maneira, não apenas a internet passou a atingir mais pessoas, como também o número de usuários das redes sociais é visivelmente maior. Nesta altura, em 2018, a penetração da internet no continente africano já representa aumento em mais de 20% em relação a 2017.

Tratando-se de estatísticas de uso de internet e rede social em África, Angola está a frente de países como Moçambique, Guiné-Bissau, mas ainda atrás de Guiné Equatorial, com 21,3% da população com acesso a internet. No entanto, nos últimos 10 anos, o salto em Angola foi notável e um dos maiores em África. Atualmente, mais de 3 milhões de pessoas tem acesso regular a internet em Angola, o que representa 17% da população. Em 2009, por exemplo, este contingente era de 7,5%.

A empresa MF Press Global, especialista em mídia social, com ajuda do Platina Line, maior site de comunicação de Angola, registou o crescimento de uso de mídia social em Angola, a tomar como base pesquisas e análises estatísticas da interação e tráfego de dados em perfis das redes sociais de personalidades angolanas. A empresa possui sistemas avançados que medem e monitoram acesso e movimentação das redes em diversos países, baseados em acessos únicos via IP e tráfego de dados.

É correcto afirmar que graças a rede social, artistas e celebridades angolanos estão a alcançar novos níveis de influência em escala local, regional e global. A MF Press Global aponta em suas estatísticas o papel da rede social como impulsionadora de carreiras e do sucesso. Segundo a empresa, personalidades como o cantor Adi Cudz, com 323 mil seguidores no Instagram e 180mil no Facebook, possui 25% de seguidores internacionais, em especial brasileiros. O músico Yuri da Cunha, com mais de 260 mil seguidores no Instagram, sendo 15% estrangeiros e 48 mil no Facebook em sua página, e mais de 3,5 milhões de visualizações acumuladas em seus canais oficial no YouTube. A cantora Pérola tem mais de 815mil seguidores no Instagram e 1,8 milhões de seguidores no Facebook e é hoje uma das três artistas angolanas com maior relevância internacional: simplesmente um fenómeno.

O que notou-se é que o numero de seguidores de influenciadores digitais angolanos cresceu em média 30% nos últimos dois anos, assim como do número de seguidores angolanos de influenciadores de outros países, como Moçambique, Portugal e Brasil. Isso denota claramente aumento da presença de Angola nas redes sociais e na internet, e é um claro reflexo da inclusão digital e da maior representatividade de Angola na rede.

Dentre as redes sociais mais utilizadas em Angola, o Facebook ainda lidera com larga margem, com 83% de Market Share, segundo levantamento. Em seguida, em menor proporção vem o Youtube com 4.62% e o Instagram com 2,5%.

Os números também mostram que de cada 3 angolanos que acessam a internet, pelo menos 1 está conectado aos perfis do Platina Line. Note que, com 630mil seguidores no Instagram, e 1,3 milhões de likes no Facebook, o portal firma-se como o maior provedor de conteúdo e entretenimento de Angola e um dos maiores em África.

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