Com a queda das temperaturas e a diminuição da umidade do ar, muitos cães e gatos podem sofrer com doenças de inverno, entre elas: gripe canina para os cães, rinotraqueíte felina para os gatos e dermatites.
De acordo com a doutora Natália Gouvêa, veterinária da clínica Soft Dogs e Cats, localizada em Moema, a vacinação é fundamental para manter o animal saudável durante todo o ano e principalmente no período de frio. “A vacina deve ser aplicada todos os anos em filhotes a partir de nove semanas de vida e a revacinação deve ser feita anualmente. O principal sinal de que o animal foi infectado pelo vírus da gripe é a ocorrência de tosse seca. Aos primeiros sintomas de aumento da temperatura, corrimento ocular e secreção nasal, é preciso tratar, antes que a enfermidade evolua para um quadro de infecção respiratória mais grave”, explica.
Além da gripe, outras doenças também se disseminam com mais facilidade no inverno, como a cinomose. As baixas temperaturas propiciam uma maior sobrevivência e disseminação do vírus. Daí a importância do animal estar em dia com a vacina polivalente (V8, V10).
Ainda é comum que os animais desenvolvam inflamações na pele e desconforto térmico. Nesses casos é preciso tomar medidas adequadas em relação à higiene e ingestão de água. “Com o frio, os pets bebem menos água e correm risco de ficar desidratados. É importante que os donos coloquem mais potes de água pela casa, facilitando a hidratação. Quanto à higiene, é ideal optar por banhos mornos e verificar se o animal não está úmido após a secagem. Esse cuidado pode evitar dermatites”, comenta a veterinária.
Para os animais de pelos curtos, a roupinha é uma boa opção para mantê-los aquecidos. Porém, é importante optar por peças em que o cão se sinta livre para brincar e fazer as necessidades. Já os de pelo longo precisam de mais cuidados. Eles podem desenvolver nós, que não secam direito após o banho, gerando fungos e bactérias, que levam à dermatite.
Ainda segundo Natália, outra dica importante é evitar passeios nos dias muitos frios. “O ideal é sair em horários em que a temperatura esteja mais quente, como por exemplo, entre 11 e 15 horas. Esse cuidado evita que o animal passe por mudanças bruscas de temperatura”, finaliza.