A Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul divulgou na manhã desta terça-feira (04/04), a informação de que policiais da corporação estão cumprindo hoje no município de Paranhos, a 456 km de distância de Campo Grande, capital do Estado, mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva, expedidos pela Justiça.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação da PF/MS, estão sendo cumpridos 8 mandados de busca e apreensão e 1 de condução coercitiva, sendo alvos da operação servidos públicos e empresas, acusados de desvio de recursos públicos, que supostamente teria dado um prejuízo no valor de R$ 1 milhão em Paranhos.
Ainda segundo a Assessoria da PF, cerca de R$ 400 mil existentes em contas bancárias de três empresas com sede em Paranhos foram bloqueados, permanecendo a disposição da Justiça.
Policiais federais estiveram na manhã de hoje na Prefeitura Municipal de Paranhos, onde apreenderam documentos, computadores e notebooks. Segundo a PF, a organização criminosa é especializada em desviar recursos públicos e fraudar licitações, com a conivência e participação ativa de servidores públicos.
Os mandados foram expedidos pelas Justiças Federal e Estadual de Mato Grosso do Sul. Os nomes dos envolvidos e das empresas que supostamente participam dos esquemas de fraude não foram divulgados.
A Operação Toque de Midas conta com a participação da Polícia Federal (PF) do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria Geral da União (CGU) e do Grupo Especial de Combate a Corrupção do Ministério Público Estadual (MPE/MS).
As investigações, que ainda estão em andamento, apontam até o momento na montagem e manipulação de documentos públicos e a prática de sobrepreço, com severos prejuízos aos cofres públicos do município, afrontando aos princípios da moralidade na administração pública.
Em nota distribuída à imprensa, a CGU informou que os trabalhos tiveram início a partir de fiscalizações no 3º Ciclo do Programa de Fiscalização de Entes Federativos. “Ficou constatado a montagem e manipulação de documentação em certames públicos e a prática de sobrepreço no município”.
Já a Assessoria da PF/MS informou que na prática criminosa, foram utilizadas certidões e assinaturas falsas, com o intuito de fraudar licitações que estavam em andamento. Os processos licitatórios eram para aquisição de recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Com informações da Assessoria de Imprensa da PF/MS