O Plano Safra 2019/20 terá R$ 255,59 bilhões disponíveis para contratação, com prioridade para os pequenos e médios produtores rurais que terão taxas de juros mais atrativas. Outro atrativo é o fato de dobrar o aporte para seguro rural, em clara tentativa de dar mais segurança para Instituições Financeiras e Produtores.
Serão disponibilizados R$ 222,74 bilhões para o Crédito rural, sendo R$ 169,33 bilhões para custeio, comercialização e industrialização (desse total R$ 31,22 bilhões serão direcionados aos Pequenos Produtores) e outros R$ 53,41 bilhões para linhas de Investimento. Outra novidade é a linha para a construção de casas rurais, com volume de R$ 500 milhões e taxas que vão de 3% a 4,6% ao ano.
O Custeio Agrícola e Pecuário, que é uma das linhas mais solicitadas, poderá ser contratado com a taxa de 6% ao ano pelos Médios Produtores e de 7% ao ano por Demais Produtores; os programas de Investimentos terão taxas que vão variar entre 3% ao ano e 10,55% ao ano.
Segundo Priscylla Tramontini Maiolino, médica veterinária e sócia-proprietária da RuralTec, empresa especializada na assistência em projetos de Crédito Rural, apesar do momento de instabilidade o Governo Federal conseguiu manter volume de recursos similar ao ano passado, mantendo a taxa de juros de algumas categorias.
“O Governo foi efetivo em apoiar os Pequenos e Médios produtores nesse Plano Safra com condições atrativas para que essas categorias consigam contrair recursos, mas não deixando de lado os grandes produtores, que apesar de terem um leve aumento na taxa de juros, ainda terão grande oferta de linhas para investirem e custearem sua produção ”, destaca.
O Plano Safra também destinou R$ 1,85 bilhão para apoio à comercialização, mas surpreendeu ao destinar R$ 1 bilhão para o seguro rural, aumento de R$ 600 milhões em relação ao ano passado. “Essa é uma vitória pessoal articulada pela ministra Tereza Cristina, na tentativa de dar mais segurança as instituições financeiras e ao produtor. Esse seguro colabora com a queda de preços nos mercados, geralmente ocasionada por fatores externos. Estamos no caminho certo para uma agricultura mais estável e mais competitiva”, destaca Priscylla.