A Plataforma Marítima de Atlântida, localizada no município de Xangri-lá, no Rio Grande do Sul, desabou na madrugada deste domingo (15), sem causar vítimas. O local é considerado um importante ponto turístico do Estado.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Xangri-lá, a estrutura da plataforma estava comprometida há pelo menos dois anos, sendo que a administração do local é feita por uma associação independente.
A prefeitura estava em negociação com a Associação dos Usuários da Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), que administra o local, para realizar reparos e a manutenção da estrutura.
Depois do desabamento, a Asuplama interditou a área e a prefeitura pediu aos banhistas e surfistas que fiquem afastados para evitar acidentes.
O prefeito de Xangri-lá, Celso Bassani Barbosa, disse em entrevista que após o desabamento da estrutura não há o que fazer, já que o local não recebeu a manutenção adequada.
“Acredito que agora não tenha mais o que fazer. Nunca foi feita uma manutenção adequada. É muito triste ver um ponto turístico e histórico da cidade se deteriorando“, disse o prefeito Celso Bassani Barbosa.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Assessoria da Asuplama, mas até o momento houve o retorno por parte da entidade.
Em 2021, o Ministério Público Federal (MPF) tentou viabilizar um acordo entre a Asuplama, o Governo Federal e a Prefeitura de Xangri-lá, para serem realizados obras na estrutura, porém o mesmo não avançou devido a entraves burocráticos.
Desde então, a plataforma entrou em estado de deterioração, com rachaduras, corrosões, rompimentos nas vigas de suporte, entre outros danos.
Em 1997, uma parte da estrutura cedeu, colocando em risco a integridade de banhistas e surfistas. Obras de emergência foram realizadas, porém as ondas fortes danificaram partes das estruturas que haviam sido restauradas.
Plataforma Marítima de Atlântida foi construída em 1975, e avança por aproximadamente 280 metros sobre o mar.
Dados da Asuplama, disponibilizados na internet, mostram que o local recebe cerca de 30 mil turistas por ano, e que através da plataforma é possível avistar baleias.
Com informações das Agências Brasil e Estado