A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul divulgou na manhã desta terça-feira (23/06), a informação de que policiais da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco) e da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes das Relações de Consumo (Decon), realizaram uma operação policial para combater a venda de medicamentos oriundos de contrabando e roubo.
De acordo com as informações da Assessoria de Comunicação da Sejusp, a ação policial, denominada de ‘Operação Pharmacus’, ocorreu entre os 18 e 19 de junho em diversas distribuidoras de medicamentos, e também, em várias farmácias de Campo Grande, capital do Estado. A operação policial contou com o apoio de fiscais da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No total, foram vistoriadas 2 distribuidoras e 45 farmácias em toda a cidade, tendo sido apreendidos na ação policial 1.040 caixas do medicamento Selozok 50 mg., do lote nº 35650, utilizado em pessoas que sofrem de problemas cardíacos.
As caixas de medicamentos apreendidos fazem parte das 51.414 caixas que foram roubadas na cidade de Pouso Alegre (MG) no dia 19 de janeiro de 2015, avaliada em R$ 1,4 milhão. Destas, 48.534 unidades seriam destinadas do Governo de Minas Gerais para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o delegado Elton Galindo, da Decon, parte dos medicamentos roubados havia sido comprada por uma distribuidora de Campo Grande, que a estava revendendo para farmácias do interior do Estado.
Um fato chamou a atenção dos policiais e dos fiscais da Anvisa, que os preços praticados pela distribuidora eram muito menores, com um valor de revenda de 16% menor do que o valor de mercado. O medicamento custa nas farmácias legalizadas entre R$ 31 a R$ 33.
A chefe de fiscalização da Anvisa, Renata Rodrigues, informou que parte da carga de medicamentos foi encontrada no depósito de uma distribuidora, tendo sido apreendido no local, além dos remédios, notas fiscais. No local não foram encontrados medicamentos vencidos.
A princípio não existe risco para a população que adquiriu os medicamentos, porque todos estão dentro do prazo de validade.
Todos os envolvidos no esquema serão intimados para depor, e dependendo do caso e das explicações poderão responder pelos crimes de receptação dolosa e culposa, podendo pegar penas que variam de 3 a 8 anos de prisão.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Sejusp/MS