Ponta Porã: Instituto Gerir descumpre convenção e enfermagem do Hospital Regional sinaliza greve

Os profissionais do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, de Ponta Porã (MS), estão com salários defasados e há meses tentam diálogo com a empresa terceirizada responsável pela gerência do Hospital, Instituto Gerir, para resolver o impasse salarial. Sem respostas dos patronais, a categoria realizará Assembleia Geral no dia 20 de março, às 8h, em frente ao hospital, no qual votarão indicativo de greve por tempo indeterminado.

A Organização Social (OS) Instituto Gerir assumiu a administração do hospital em setembro de 2016, os profissionais em enfermagem foram contratados com o salário de R$ 937 reais. No entanto, em dezembro do mesmo ano, o SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) garantiu, em Convenção Coletiva de Trabalho, o reajuste salarial de 12%, com acréscimo de 6% retroativo de maio até dezembro, já que a database da categoria é 1º de maio.

O presidente do SIEMS, Lázaro Santana, explica que o principal objetivo da categoria é resolver este impasse do reajuste salarial para que os profissionais recebam o que têm direito.

“Tentamos diálogo, enviamos inúmeros ofícios ao Instituto enfatizando a questão da defasagem salarial, também apontando a sobrecarga de trabalho e a existência da dupla é tripla jornada que os funcionários vem realizando. No entanto, a OS não se manifesta. Essa inércia em resolver o problema gera preocupação na categoria que dia a dia acompanha o investimento do Instituto Gerir na estrutura predial do hospital e deixa os trabalhadores em último plano”, destaca Lázaro.

Paralisação

A categoria alerta a sociedade que caso o Instituto Gerir continue inflexível, sem diálogo, a paralisação por tempo indeterminado será a última alternativa em busca do reajuste. “Todos os produtos e serviços, sejam alimentícios, educacionais, de saúde, entre outros, sofreram aumentos nos últimos meses, o salário da categoria precisa se adequar ao mercado. O direito do aumento salarial é líquido e certo, a Convenção Coletiva de Trabalho é instrumento normativo, registrado no Ministério do Trabalho, deve ser cumprida”, ressalta o presidente sindical.

Além de Ponta Porã, o hospital atende a população de Amambaí, Antônio João, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas e Tacuru. Atende cerca de 195,5 mil pessoas da região.

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