Uma das marcas mais vendidas em sites de tênis são os produtos da Adidas. A fabricante é sucesso também no comércio de roupas, utensílios esportivos e objetos de streetwear. Mas nem todo esse sucesso foi capaz de garantir um dos projetos inovadores da empresa e que foi encerrado recentemente.
Entre 2016 e 2017, a Adidas lançou fábricas robóticas nos EUA e na Alemanha. Conhecidas como Speedfactories, elas foram abertas com o intuito de produzir calçados mais rapidamente e mais próximo dos principais mercados consumidores da empresa.
Atualmente, grande parte da produção da Adidas está concentrada em países da Ásia, pelo baixo custo da mão e obra. Isso, no entanto, dificulta em muitos momentos a logística dos produtos. Além disso, Alemanha e EUA concentram grande parte dos compradores dos itens da marca. Aproximá-los da fabricação era um passo estratégico e inovador da marca.
Fundada pelo sapateiro alemão Adi Dassler em 1949, a Adidas mudou a maior parte de sua produção da Europa para a Ásia e agora conta com mais de 1 milhão de trabalhadores em fábricas contratadas, principalmente na China e no Vietnã.
A opção, entretanto, não funcionou e as fábricas tiveram suas atividades encerradas entre abril e maio deste ano. Em comunicado à CNN, a Adidas admite que “faz mais sentido concentrar a produção das speedfactories onde estão localizados o know-how e os fornecedores”. Assim, a tecnologia das fábricas automatizadas agora será usada pelos fornecedores da empresa no Vietnã e na China.
As fábricas robóticas também têm suas limitações, como produzir um número limitado de modelos, principalmente apenas tênis de corrida com uma parte superior em malha. Calçados em couro com solas de borracha, por exemplo, não podem ser produzidos pelos robôs. Apesar dos desafios, a Adidas diz que continuará desenvolvendo os processos de produção testados nas fábricas automatizadas.
Martin Shankland, chefe de operações globais da Adidas, disse que as fábricas ajudaram a empresa a melhorar sua experiência em manufatura inovadora, mas aplicar o que aprendeu com seus fornecedores seria “mais flexível e econômico”.