A falta de sinalização, buracos e áreas em desmoronamento estimularam a Prefeitura Municipal de Figueirão a digitalizar 139 quilômetros da rodovia MS-436, que liga Camapuã a Alcinópolis, com fotos e vídeos de 21 pontos críticos, que servirão de argumentos para uma possível ação judicial contra a empreiteira que deveria oferecer a manutenção da estrada. A rodovia que custou mais de R$ 1 milhão, por quilômetro, tem apresentado defeitos de grandes proporções, pelo menos a cada seis quilômetros, e contribuído com acidentes e prejuízos aos motoristas.
Os registros que chegam à Prefeitura Municipal, registram cerca de 10 acidentes por mês na rodovia, no trecho entre os limites de Figueirão, que compreende aproximadamente 100 quilômetros.
Com o objetivo de prevenir quem passa por ali, a Prefeitura investiu em sinalização na rodovia estadual e cadastrou as coordenadas de cada ponto crítico, nos perímetros de Figueirão. “Com o mapeamento identificamos as dezenas de buracos e áreas que estão cedendo. Fornecemos o material à atual gestão do Governo de MS, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), a qual solicitamos providências jurídicas, contra a empreiteira”, enfatiza o prefeito Rogério Rosalin (PSDB), ao destacar que apesar das chuvas, há a viabilidade de manutenções em determinados trechos.
A equipe técnica contratada pela Prefeitura fez o levantamendo em cinco dias, sinalizando o quilômetro exato de cada deformidade. “Não é comum um asfalto se desfazer com tanto facilidade em tão curto prazo. Os caminhões que passam por ali são suficientes para fazer com que o material se dilua em pedras, que acabam nos parabrisas dos carros, causando receio e acidentes”, pontua Rosalin.
Para o secretário de obras de Figueirão, Adão Maciel da Rocha Júnior, faltou fiscalização na obra. “Foi investido um montante expressivo e em pouco tempo já se aparecia os primeiros defeitos. Uma fiscalização eficiente teria diagnosticado os problemas de forma antecipada e prevenido que a atual gestão do Governo de MS, passe por esta situação desconfortável”.
Segundo o engenheiro responsável pelo mapeamento, Joel Rodrigues de Godoys, além da rodovia MS-436, também constam nos registros da prefeitura as estaduais 223, 142, 424 e a BR-359. “Registramos as estradas que dão acesso ou cruzam Figueirão, com a finalidade de contribuir na tomada de decisões e como forma de prevenção à população”, finaliza.