Pressão inflacionária recomenda blindar as finanças pessoais para preservar o padrão de vida

Em palestra a participantes da Prevcom, a economista Juliana Barbosa recomenda avaliar o destino da renda para viabilizar a montagem de reservas financeiras sólidas

O padrão de vida é o agente regulador da condição financeira, flutua de acordo com a entrada e saída de recursos, é determinado por um conjunto de escolhas e tem seu ponto de equilíbrio definido pela renda. A capacidade de administrar este fluxo requer conhecimento e reflexão sobre as finanças para dar suporte a este perfil que envolve ganho, consumo e conforto pessoal.

Foto: Divulgação

As pessoas atravessaram um ano e meio de pandemia, com alterações na rotina familiar e profissional. Neste período aprenderam a conviver com restrições e a evitar gastos desnecessários, afirma a economista e educadora da DSOP Juliana Barbosa durante a palestra “Conheça seu verdadeiro padrão de vida” realizada em 25\8 dentro do programa Conta Comigo de educação financeira e previdenciária da Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom).

As lições da crise sanitária devem ser encaradas como componentes úteis para enfrentar o momento desafiador que a sociedade vive atualmente com a pressão inflacionária decorrente da elevação de preços de alimentos, combustíveis e energia. A inflação de julho fechou em 0,96% e registrou o índice mais elevado para o mês desde 2002 e estamos caminhando para uma taxa de dois dígitos. Para Juliana, é fundamental agir contra a alta do custo de vida e reduzir os gastos de forma contínua.

No encontro virtual com participantes da Prevcom, a educadora destacou o papel do controle de despesas e convidou os servidores a uma reflexão sobre a situação financeira há 5 e 10 anos para traçar um comparativo com o momento atual. Este exercício ajuda a avaliar se estão no caminho certo, com finanças equilibradas, se há necessidade de ajuste ou se permanecem em uma crise crônica. Calcular quanto tempo seria possível manter a qualidade de vida atual se houvesse uma interrupção total de renda também fornece uma indicação importante do grau de solidez das reservas.

Para Juliana, depois de efetuar um balanço do passado, verificar o destino dado aos salários, aumentos e recursos extras, é o momento de pensar nos próximos anos, de investir para a aposentadoria. “Chega uma determinada fase da vida que a gente tem de parar e pensar na longevidade”, diz Juliana. Nesta retomada, é fundamental blindar a sustentabilidade financeira, de acordo com o padrão de vida, destinando 50% da renda para os gastos cotidianos e 50% paras as necessidades e objetivos de curto, médio e longo prazos.

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