Campo Grande (MS) – A nova temporada do Som da Concha traz o que há de melhor na música instrumental regional com o Duo Estamos e Dino Rocha. Os músicos se apresentam no próximo domingo (25.03) às 18h na Concha Acústica Helena Meirelles no Parque das Nações Indígenas. A entrada, como sempre, é de graça.
O Duo Estamos é formado pelo violonista de sete cordas Júlio Borba e pelo guitarrista Gabriel de Andrade. O show de música instrumental conta com a participação de dois convidados especiais: Gabriel Basso no baixo e o baterista Guto Costa, ambos experientes músicos do Estado que compartilham com o Duo Estamos a linguagem de improvisação, num show que privilegia a música autoral e arranjos especialmente criados para esta formação.
Instrumentistas experientes, mesmo jovens, Gabriel e Júlio misturam suas influências em composições e arranjos num repertório que contempla música erudita, de raiz, jazz, samba e pop.
“É com muita satisfação que nós iremos abrir a temporada do Som da Concha, espaço que já recebeu vários artistas de muito talento e é receptivo à diversidade cultural sul-mato-grossense. Nossa expectativa é de que o público receba nossa música feita com muita alegria e trabalho e que tem como temática as diferentes expressões da música do Brasil, seja dos grandes centros do País como o choro e a bossa nova, assim como a música de fronteira, essa que estamos tão acostumados na nossa região, que é o chamamé e as expressões culturais paraguaias que tanto influenciaram o nosso fazer musical”, destaca Júlio Borba, músico e mestrando em etnomusicologia pela Universidade Federal do Paraná.
Dino Rocha é considerado um ícone da música sul-mato-grossense. Nascido em Juti, é filho de músicos, sua mãe era alemã e o pai, paraguaio. Começou a tocar sanfona aos oito anos de idade e de lá para cá não parou mais. Vive exclusivamente da música. Possui um rico acervo discográfico formado por 21 discos que consolidaram sua carreira calcada em quatro décadas de música regional.
O chamamé, a guarânia e a polca são ritmos presentes em suas canções e muito apreciados nas fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina. As origens desses ritmos se integram raízes culturais dos povos indígenas guaranis, dos exploradores espanhóis e até de imigrantes italianos. Tocado no ambiente rural desde a formação da região onde hoje é o Estado de Mato Grosso do Sul, estes ritmos trazem a poética da vida do campo, dos bailes da fazenda, das comitivas boiadeiras, dos translados pelo pantanal, das colheitas nos ervais, das rodas de tereré, assim tendo uma forte influência na construção da identidade cultural do Estado.
Aldo e Nelsinho serão os convidados de Dino Rocha neste show no Som da Concha, que também terá a participação de seu filho Maninho Rocha no Acordeom. Em seu repertório estarão canções como “Curupi”, “Pé de Cedro”, “Sessenta Dias Apaixonado”, “Um chamamé para Trânsito Cocomarola”
“É muito bacana a iniciativa do projeto Som da Concha, os artistas de nosso Estado têm que ter esse incentivo”, ressalta Dino Rocha.
Som da Concha – O projeto da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC), realizado por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), acontece periodicamente aos domingos sempre às 18 horas, na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas.
Além dos shows, o Som da Concha conta com o espaço Território Criativo, uma feira onde empreendedores criativos divulgam e comercializam seus produtos de diversas matrizes que movimenta a economia criativa e impulsiona o empreendedorismo da Capital.