A rastreabilidade vegetal entrou em vigor e já é obrigatória para quem produz vegetais frescos. Os primeiros a se regularizarem vão apresentar seus produtos rastreados durante a Fenagrande (Feira de Negócios Agropecuários de Campo Grande), que acontece de 30 de agosto a 1 de setembro nos altos da avenida Afonso Pena.
A regulamentação é realizada por meio da Instrução Normativa nº 2 do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que estabeleceu o sistema de rastreabilidade para auxiliar o monitoramento e o controle de resíduos de agrotóxicos na cadeia produtiva de vegetais frescos destinados à alimentação humana.
Produtores de hortaliças, os irmãos Chiquitos foram os primeiros a rastrear seus produtos. Eles contaram com apoio técnico do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), que fez a ponte entre o produtor o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), além de orientação em todos as etapas do processo.
Gerente de Desenvolvimento Agrário e Abastecimento, Araquem Ibrahim explica que a instrutor normativa já está em vigor, mas há um calendário dividido em grupos de produtos para a rastreabilidade de todos os produtos que vai até 2021. Quem não aderir estará sujeito a penalidades, que vão de multa até a suspensão da venda.
Durante a Fenagrande, os irmãos Chiquitos vão apresentar a mini moranga e tomate grape rastreados, com informações sobre endereço, variedade, lote, data, entre outros, que poderão ser acessadas em um QR Code. Presidente do SRCG, Alessandro Coelho, destaca que o sistema foi criado para auxiliar o monitoramento e o controle de resíduos de defensivos na cadeia produtiva e que pode abrir caminho para novos mercados, além da segurança alimentar para consumidores.