Produtores rurais da região sul de MS investem em qualificação para operadores de máquinas agrícolas

Turma de Mecanização Agrícola realizada em Rio Brilhante (MS) – Foto: Divulgação

Turma de Mecanização Agrícola realizada em Rio Brilhante (MS) – Foto: Divulgação

Com objetivo de levar conhecimento e profissionalização ao homem do campo, o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural oferece uma série de cursos voltados à capacitação de trabalhadores que atuam na operação de máquinas agrícolas. Em 2015 foram oferecidas 22 turmas que atenderam 190 participantes, somente na região Sul do Estado. Um dos mais solicitados foi o de Mecanização Agrícola que também está incluído em um dos módulos do programa Agricultura de Precisão (AP).

Na avaliação da supervisora de cursos do Senar/MS na região sul, Juliana Cascão, o aumento no número de demandas foi impulsionado principalmente nos últimos dois anos, com a implantação do programa. “A demanda com maior solicitação foi inicialmente a manutenção preventiva de tratores. No entanto, a visibilidade do programa resultou no interesse por outras capacitações como a Mecanização Agrícola que registrou 190 concluintes”, menciona.

Implantado em Mato Grosso do Sul (MS) em 2012 e reformulado a partir de 2014, a Agricultura de Precisão tem como objetivo profissionalizar a agricultura e colher benefícios como sustentabilidade no setor, preservação do meio ambiente e qualificação da mão de obra. Em Mato Grosso do Sul, o curso é composto por seis módulos, possui carga horária de 120 horas/aula e foi realizado inicialmente nos municípios de Maracaju, Dourados, Ponta Porã e Amambai.

A agricultura de precisão consiste na aplicação de tecnologia embarcada que avalia a variabilidade específica de cada propriedade. O produtor que adota o sistema terá como benefícios diretos a melhoria na gestão das atividades, já que o levantamento de informações permitirá a tomada de decisões baseadas em dados concretos.

Opinião dos participantes – Rogério Sartoru é gerente da Fazenda Nascente, em Dourados, e contabiliza 20 anos de experiência na operação de equipamentos utilizados na lavoura. Ele comenta que é fundamental que os trabalhadores do setor estejam atualizados e por isso participa de cursos sempre que pode. “Faz parte das minhas atribuições de gerente o monitoramento das condições de funcionamento dos maquinários utilizados em cinco propriedades rurais dedicadas a lavoura. Na minha opinião estamos sempre aprendendo e tive oportunidade de absorver várias dicas fornecidas pelo instrutor”, explica.

O técnico agrícola, Robson Tegorini Sávio, participou da capacitação no município de Rio Brilhante e revela que já concluiu vários cursos. “Estou no mercado há seis anos e procuro sempre aprimorar meu trabalho. Fiquei animado em participar do treinamento em Mecanização Agrícola e o resultado foi satisfatório, pois, levo mais conhecimento na minha bagagem profissional”, considera.

O instrutor do Senar/MS responsável pelas turmas de Dourados e Rio Brilhante foi Eliel de Campos Boia que detalha o objetivo da capacitação. “Já faz algum tempo que os maquinários de lavoura são produzidos com tecnologia embarcada, porém, a maior dificuldade era encontrar operadores com conhecimentos de computador de bordo e GPS. No entanto, com o crescimento da Agricultura de Precisão aqui no Estado, os produtores estão correndo atrás, procurando aprender cada vez mais e também oferecer as capacitações para seus funcionários”, argumenta.

O superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, pontua que a instituição está preparada para atender este público e que conta com o apoio dos sindicatos rurais, que atuam na ponta demandando quais as necessidades de cada região. “Nosso público alvo vai desde as empresas rurais até consultorias de assistência técnica. Por isso procuramos sempre buscar parcerias que proporcionem o melhor desempenho dos cursos, como por exemplo, em revendas de maquinários, entidades do setor e oficinas de manutenção. Os trabalhadores rurais precisam estar atentos às atualizações profissionais para que melhorem progressivamente a produtividade das lavouras em nosso Estado”, conclui.

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