Animais abandonados e maltratados. Essa triste realidade é comum em Campo Grande. Basta acessar as páginas de ONG’s (Organizações não Governamentais) e protetores nas redes sociais, que é possível perceber que diariamente aumentam os casos, principalmente de abandono.
Além da crueldade, o abandono resulta na procriação desenfreada de mais animais abandonados, além de risco de doenças, já que ao viverem nas ruas, não contam com qualquer cuidado. Visando incentivar a adição de animais resgatados pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Capital, o vereador Dr. Wilson Sami (MDB) apresentou na Câmara Municipal, PL (Projeto de Lei) que concede desconto de 5% na taxa de lixo ao cidadão que adotar um pet (cão ou gato) do CCZ.
Segundo o vereador, visto problemas de saúde pública e estatística apresentada de que a cada dez pets nascidos, nove são descartados nas ruas, ficando vulneráveis a doenças e sem condições de sobrevivência, o projeto é viável e importante. “Esse abandono tem como consequência, muitas vezes a proliferação de doenças entre os animais e algumas, podem ser transmitidas ao ser humano. Dessa forma, o estímulo à adoção é perfeitamente cabível, já que diminuirá o caso de animais abandonados”, avalia.
Dr. Sami destaca ainda que é indispensável que a adoção seja consciente e cumpra a determinação da posse responsável, onde o adotante mantenha o animal dentro de casa, alimentado, com condições de vida dignas e castrado. “O objetivo é reduzir os casos de abandono e zelar pela saúde da população, portanto, quem adotar deve estar consciente sobre sua responsabilidade como tutor do animal”, ressalta.
Abandono e adoção – De acordo com informações da SESAU (Secretaria Municipal de Saúde), a quantidade de animais recolhidos pelo CCZ é variável e aumenta consideravelmente em datas festivas, como Natal e Ano Novo, por exemplo, onde há uma quantidade de maior de animais “perdidos” e ou abandonados.
Em 2018, o órgão conseguiu adotantes para 1.642 cães e 752 gatos.
O Centro de Controle de Zoonoses orienta que interessados em adotar um pet devem ir até o local munidos dos documentos pessoais e comprovante de residência. O órgão oferece orientações sobre a posse responsável e o adotante preencher um termo onde declara ciência dos cuidados básicos que deverá tomar com o seu novo animal. Além disso o adotante recebe um comprovante de que este animal foi adotado no CCZ, o que dá o direito ao procedimento de castração que será feito no próprio órgão.
O projeto do vereador Dr. Wilson Sami seguirá ainda para aprovação.