Afirmou a famosa biógrafa, crítica literária e tradutora Lucia Miguel Pereira (1901-1959) ao seu neto, Antonio Gabriel de Paula Fonseca Jr.: “Se eu puder te incutir a convicção de que a vida só é útil, só é digna, só é feliz quando dedicada ao cumprimento de um dever, não me terei esforçado em vão para educar-te”.
O povo a quem são negadas Educação, Instrução e Espiritualização Ecumênica torna-se fraco diante dos mais preparados. Ipso facto, sua pátria será dependente, escrava mesmo, das demais.
E não é bastante o zelo à cultura, clássica e/ou popular, pois é preciso que esteja aliada ao Sentimento Sublime que vem de Deus (entendido como Amor Ecumênico Solidário). Desprezar esse princípio é condenar as populações espirituais e terrestres ao pior cativeiro, em geral resultante em guerras de todas as expressões.
Já concluíra, em sua obra A Democracia na América, o pensador e político francês Alexis de Tocqueville (1805-1859): “(…) É preciso que os legisladores das democracias e todos os homens honestos e esclarecidos que nelas vivem se apliquem constantemente a elevar as almas e a mantê-las voltadas para o céu”.
Contudo, convém repetir: quando os governos do mundo compreenderão isso? Creio ser necessário que estudem o Espiritualmente Revolucionário Novo Mandamento do Cristo Ecumênico (João, 13:34), o Democrata de Deus, Estatuto Celeste do bem governar. Não esquecendo de socorrer o corpo, elevar as Almas à conquista de seu direito à Cidadania Espiritual, a Cidadania Ecumênica. Exercer a Caridade do Mandamento Divino na administração pública; socorrer o povo em suas necessidades mais urgentes de educação, emprego, moradia, saúde, saneamento básico, transporte, qualidade de vida nos grandes centros, hoje, inundados por gases nocivos de toda espécie. Caridade é isto: bem servir os seus cidadãos. Já disse e repito: o poder só serve enquanto serve… ao povo.
* José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.