Boas novas para o Renault Duster. Depois de zerar o tese de impacto do Latin NCAP, o SUV compacto traz uma novidade interessante para a linha 2023: o motor 1.3 turbo de 170 cv, que estreou no Captur em meados do ano passado. O carro vai brigar ali com as versões mais baratas de concorrentes como o VW T-Cross, Chevrolet Tracker, Hyundai Creta e Jeep Renegade – todos turbinados.
O novo conjunto mecânico é formado pelo quatro cilindros 1.3 turboflex de até 170 cv e 27,5 kgfm (o maior torque da categoria) e pelo câmbio automático CVT (com simulação de oito marchas). Segundo a Renault, o Duster turbo vai de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos – o 1.6 aspirado leva mais de 12 s.
Já o consumo de combustível, de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro (PBEV), é de 13,9 km/l (cidade) e 16,1 (estrada) com gasolina e 9,9 km/l (urbano) e 11,7 (rodoviário) quando abastecido com etanol.
Este motor, no entanto, não vai equipar todas as versões. Estará somente na topo de linha Iconic, que custa R$ 135.590. As demais (Zen, Intense e até mesmo Iconic) continuam a oferecer o 1.6 flex de até 120 cv (e transmissão continuamente variável). Os preços são R$ 99.990 a R$ 122.090.
O utilitário passou por uma reestilização no início de 2020. Apesar da nova assinatura com LED em formato de “C”, característica da gama Renault, os faróis remetem ao Duster anterior. Na traseira, por sua vez, está a grande novidade estilística. As lanternas verticais dão lugar a peças quadrangulares bem semelhantes às do Renegade. Porém, em vez de um “X” como no Jeep, o formato é de uma cruz. Mesmo assim, o Duster tem personalidade própria.
Era esperado que, entre 2024 e 2025, aparecesse uma nova geração do SUV, abandonando a datada plataforma B0, (de 211 e de Sandero e Logan) para usar uma arquitetura mais atual da Aliança, como a CMF-B dos carros europeus. Isso permitiria que os SUVs pudessem adotar o trem de força híbrido do Renault Captur E-Tech na Europa. Uma versão elétrica também seria plausível, construída na arquitetura CMF-BEV, inaugurada pelo protótipo Renault 5.
Resta saber se, com a mudança de rumo da marca francesa, em adotar uma política de maior valor agregado dos seus produtos em detrimento do volume de vendas, o futuro do Duster será mesmo este.