A Renault apresentou o Triber, uma minivan compacta feita (inicialmente) apenas para o mercado indiano. É a mesma estratégia usada pela montadora no lançamento do Kwid, que surgiu na Índia em 2015 e chegou ao Brasil em 2017.
O Kwid, por exemplo, é um carro para países emergentes e que atende boa parte da América Latina – exportado para Argentina, Bermuda, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
Com 3,99 metros de comprimento – menor que um Volkswagen Polo – o Triber tem visual que lembra um utilitário, mas o interior é de minivan.
O Triber pode parecer pequeno por fora, mas tem uma carroceria modular que pode levar até sete ocupantes. Na configuração para cinco passageiros, o porta-malas tem 625 litros de capacidade, mas com lotação máxima, sobram apenas 84 l para cargas.
O bom aproveitamento do espaço interno se explica pelo razoável entre-eixos de 2,64 m e da altura de 1,64 m – para ter uma ideia, o Captur mede 1,62 m. E apesar disso, pesa somente 25 kg a mais que um Volkswagen up!, com seus 947 kg.
Mesmo leve, não espere um desempenho brilhante: sob o capô há um motor 1.0 de três cilindros que entrega 71 cv e 9,8 kgfm de torque – basicamente o mesmo rendimento do motor 1.0 SCe do Kwid quando abastecido com etanol. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automatizado. É um conjunto relativamente fraco para um carro desse porte, ainda mais se estiver carregado.
De acordo com a Renault, o modelo tem mais de 100 configurações de assentos possíveis. A segunda fileira de bancos é deslizante e reclinável, enquanto a terceira tem bancos individuais fáceis de instalar e remover.
Por dentro, o interior é minimalista, mas traz boas surpresas, como painel de instrumentos digital, sistema multimídia com tela de oito polegadas, partida sem chave e câmera de ré. Assim como no Kwid, o custo-benefício é uma das maiores vantagens.
Em termos de estilo, o Triber se assemelha em alguns traços ao irmão menor, com a grande grade dianteira recortada em forma de U na parte de baixo que se conecta aos faróis (mais afunilados no recém-chegado). O logotipo da Renault também invade a ponta do capô em ambos os modelos.
A minivan chega ao mercado indiano no segundo semestre por um “preço competitivo”, diz a Renault.