Rio de Janeiro (RJ) – Um ranking elaborado pelo Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa da ESPM Rio levantou as despesas per capita direcionadas ao setor cultural feitas pelas gestões municipais das 26 capitais brasileiras, nos últimos seis anos. O Rio de Janeiro é o principal destaque negativo. Em 2013, a capital fluminense — e um dos maiores centros de economia criativa do país, ocupava a terceira posição na lista de despesas destinadas ao setor. Seis anos depois, o Rio passou para 15a. posição no ranking — uma perda, portanto, de 12 posições. Em 2013, o município gastou pouco mais de 199 milhões de reais em cultura. No ano passado, foram menos de 120 milhões de reais.
“Os números demonstram o não reconhecimento da importância econômica, social e cultural do setor por parte da atual gestão municipal do Rio de Janeiro”, diz João Figueiredo, coordenador do mestrado e autor do ranking.
Recife ocupa a primeira colocação no ranking desde 2013, considerando o investimento por número de habitantes. A capital de Pernambuco destinou para despesas culturais cerca de 81 milhões de reais em 2013 e subiu para cerca de 118 milhões de reais em 2019.
Para o setor cultural, um dos mais afetados com a crise desencadeada pela pandemia da covid-19, os apoios municipais e estaduais são mais solicitados e acessados que os da esfera federal, de acordo com pesquisa realizada pelo think tank cRio ESPM e o OBEC – Observatório da Economia Criativa da Bahia.