Esta semana, até em função da evolução dos estudos no IFMS, desenvolvi várias pesquisas sobre o Rio Paraguai além de participar do banho de São João em Ladário estive lendo livros e conversando muito sobre o assunto com as mais variadas pessoas da cidade. E fui solidificando um conceito que já havia em meu ser, mas ainda não alcançava sua plenitude. É o Rio Paraguai. Mais do que inspirador de versos para a pessoa amada é fundamental ao culto e a devoção religiosa que marca o Rio que corta a nossas cidades e marca as pessoas com um significado místico para as crenças das mais diversas correntes. Das oferendas a Iemanjá, o palco é o mesmo para os batismos coletivos de evangélicos, passando pela Virgem do Carmo de Forte Coimbra ao Sensacional Banho de S&atild e; o João, que aliás tivemos um dos mais concorridos de nossa história recente, se tornando a plena expressão dos atos devocionais para onde se dilui o pecado e se renova a fé.
Nessas águas Pedro de Medeiros, Lobivar de Matos e Manoel de Barros molharam suas mãos antes de escrever suas mais belas poesias. A mesma água que eu mergulho meus pés cansados para renovar as forças pro meu caminhar e o comum se encontra com o sagrado e o destemor dá lugar a esperança. Assim o Rio Paraguai é nosso ponto de partida e nossa linha de chegada, aonde o ardor de um beijo e a saudade se encontrar.
Rio Paraguai é onde a história e a modernidade se encontram, onde se recorda a Guerra da Tríplice Aliança e aonde nos preparamos com o ar pantaneiro para a nossa guerra diária, pelos estudos, pelo amor e pela vida.
*Ativista Cultural