As chuvas intensas que têm ocorrido em várias cidades de Mato Grosso do Sul geraram alerta na população. Em alguns lugares, moradores precisaram deixar suas casas por conta das enchentes. O contato direto com a água, muitas vezes é inevitável, por isso é preciso atenção para conter o surgimento de doenças.
A enfermeira e professora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera Campo Grande, Bertha Borges, lembra que a condição é favorável para a propagação da dengue, zikavírus e chikungunya. “As chuvas frequentes nesta época do ano propiciam o desenvolvimento do mosquito Aedes Aegypti com concentrações de água parada, sendo o ambiente ideal para a proliferação de vetores, como os causadores das arboviroses por exemplo”, comenta.
A docente ressalta ainda que as enchentes invadem o espaço urbano de forma contaminada, ou seja, ao saírem dos rios e córregos, as águas acabam levando consigo lixo, lama e esgoto para dentro das casas. “As enchentes não trazem apenas preocupação com o mosquito transmissor da dengue, mas outras doenças como a leptospirose. O contato direto ou a ingestão de alimentos contaminados propiciam, cólera, hepatites, febre tifóide e outras”, destaca.
Para evitar as contaminações, a enfermeira orienta para que a população tenha cuidado com o que é ingerido. “Para evitar riscos à saúde, a melhor maneira de se prevenir, é não comer o que ficou após a enxurrada, mesmo que o produto esteja em boas condições e protegido pela embalagem”, alerta.
Borges acrescenta que evitar o contato com a água, também é essencial, mas nem sempre é possível, por isso, a especialista indica a higienização após o contato. Crianças e adolescentes não devem brincar com a água suja. O indicado é fazer a lavagem dos ambientes, utensílios e móveis, com sabão e água limpa.