Na semana passada, a Nikola Corp., rival da Tesla, estreou na Bolsa de Valores dos Estados Unidos. Muita coisa aconteceu depois do IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações). A avaliação de mercado da startup foi para US$ 31 bilhões nas negociações dessa quarta-feira (10), que deixou a empresa mais valiosa que as gigantes Ford e Fiat Chrysler. O valor equivale a R$ 152 bilhões.
De acordo com a Business Insider, o valor de mercado da novata fabricante de caminhões movidos a bateria e hidrogênio é superior ao da Ford, US$ 27,5 bilhões, e ao da Fiat Chrysler, US$ 20 bilhões. Os dados são de uma plataforma de pesquisa sobre investimentos, a YCharts.
O detalhe é que a Nikola Corp. nunca fabricou um carro e acumula o total de ZE-RO dólares de receita. Enquanto isso, Ford e Fiat Chrysler produzem e vendem milhões de carros e ambas geram mais de US$ 100 bilhões em receita anual.
O que pode ter motivado a disparada de 104% no valor da Nikola Corp. na Nasdaq, bolsa de valores famosa por negociar ações de empresas de tecnologia? O fabricante divulgou a data (29 de junho deste ano) para lançar seu primeiro carro: uma picape elétrica do mesmo segmento da Ford F-150. A Nikola diz que tem potencial de receita de US$ 10 bilhões.
Nikola Badger
Ironicamente, o nome da companhia homenageia Nikola… Tesla. O primeiro carro da fabricante se chamará Badger. De acordo com a empresa, a picape de cinco lugares terá autonomia de incríveis 965 quilômetros. O motor rende até 918 cv e 135 kgfm. O zero a 100 km/h é feito em 2,9 segundos, o mesmo tempo de uma Ferrari F8 Tributo.
O preço ainda não foi revelado, mas o CEO e fundador, Trevor Milton, já disse que serão duas versões. Os clientes terão a opção de comprar a picape elétrica movida a bateria (BEV) ou bateria combinada a células de hidrogênio (FCEV). Se o comprador não quiser a opção de hidrogênio, a picape terá autonomia de 482 quilômetros.
A empresa pretende começar a entregar a picape no ano que vem e espera atingir a produção total de cerca de 30 mil veículos elétricos movidos a células de hidrogênio (FCEV) em 2027 e 15 mil veículos movidos a bateria no ano seguinte.