Robôs e Seres Humanos: União na Indústria 5.0 traz qualidade de vida e redução de custos

Executivo lista as seis principais tendências da Indústria 5.0 que são cruciais no crescimento e expansão do setor neste século

Os processos industriais têm buscado eficiência e alta produtividade constantemente ao longo do tempo. A ideia de Indústria 5.0, que conecta a estratégia humana e a operação das máquinas, ganhou força neste século, e os robôs estão trabalhando pesado para suprir as necessidades do mercado em franca expansão: a pesquisa mais recente da Federação Internacional de Robótica mostra que o uso desses dispositivos dobrou no mundo desde 2015, chegando a 126 robôs para cada 10 mil funcionários.

Foto: Divulgação

Mas, muito mais do que só trazer as tecnologias, o conceito fornece a ideia de que o trabalho humano pode e deve ser agregado à robôs e máquinas inteligentes, gerando, portanto, um trabalho em conjunto com resultados eficazes e completos”, afirma Roberto Monfort, Head de Novos Negócios da Vertical Multisector na FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Essa flexibilidade entre máquinas e humanos tem também como vantajosa consequência o uso de análises preditivas e inteligência operacional, que resultam em decisões com maior exatidão. Ela também otimiza rotinas, trazendo a eficiência das máquinas para evitar o desgaste de tarefas repetitivas nas pessoas – o que gera qualidade de vida e redução de custos.

Monfort defende que ainda existem vários desafios na Indústria 5.0; apesar da acelerada transformação digital, o setor ainda sente falta de profissionais especializados e capacitados. “Mesmo assim, aposto cada vez mais nessa interação entre a mão de obra humana e o poder da tecnologia que, juntos, geram altas expectativas para alavancar os processos e resultados industriais”, pontua.

O executivo da FCamara elencou as principais tendências ligadas à Indústria 5.0 e como elas agregam valor aos negócios:

  • IoT – Internet of Things, ou Internet das Coisas

Termo já bastante conhecido, a IoT continua sendo uma das tecnologias mais relevantes por seu poder de coletar dados para conectar informações e fazer diagnósticos processuais. Além disso, permite o monitoramento em tempo real para que as performances de produção na indústria sejam avaliadas, dando poder aos gestores para tomar decisões baseados em padrões operacionais.

  • Nanotecnologia e Biotecnologia

Muitos dos principais setores da indústria, tais como energia, cosméticos, agronegócio, química e vestuário, já contam com a ajuda da ciência para gerar modificações em escala nanométrica, que resultam em novos produtos ou facilitadores de processos. No segmento têxtil, por exemplo, sua aplicação pode criar tecidos inteligentes; no setor elétrico, é possível armazenar energia solar em moléculas; para os cosméticos, fluidos modificados podem trazer maior qualidade e saúde para aplicações na pele, entre outras funções. “A biotecnologia visa a sustentabilidade industrial e tem grande importância na produção, manuseio e aplicação de produtos químicos”, explica Roberto.

  • Robótica e Inteligência Artificial

Ambas têm como objetivo tornar as atividades mais assertivas, rápidas e eficientes, aumentando a produtividade e diminuindo custos operacionais. Atribuições mais complexas do dia a dia podem ser facilitadas, e tarefas repetitivas podem ser delegadas às máquinas e equipamentos de automação. Dessa forma, as pessoas conseguem focar em decisões estratégicas e entregar melhor rendimento.

  • Cibersegurança

Pode-se dizer que implementar a cibersegurança nos processos industriais é questão crucial e obrigatória. É com ela que as empresas poderão garantir a segurança dos dados, além de evitar ataques cibernéticos. O setor requer alto volume de informações guardadas e transferidas, além daquelas confidenciais; portanto, é recomendado cuidado redobrado com os sistemas.

  • Impressão 3D 

Ferramentas essenciais nos processos industriais modernos, a impressão 3D imprime e cria objetos através de modelos virtuais, trazendo peças e itens necessários ao segmento. Essa materialização do projeto digital resulta em protótipos extremamente detalhados, que possuem maior versatilidade e personalização, além de serem sustentáveis.

Embora reduza custos, aumente a produtividade e otimize o tempo da equipe, o que já são vantagens consideráveis, uma das grandes contribuições da impressão 3D é o fato de minimizar e muito as possíveis falhas humanas nos processos”, comenta Monfort.

  • Big Data

Big Data se refere a um conjunto extenso e complexo de dados que são processados rapidamente. Por meio de análises, esses dados são examinados e fornecem insights e orientações valiosas para as empresas. “A atuação da Big Data é essencial na indústria, justamente porque os processos contam com uma grande quantidade de dados. A utilização dos dados requer infraestrutura e tecnologia, e é nesse aspecto que a Big Data desempenha um papel crucial. Ela realiza a integração de informações, contribuindo para a realização de análises e a geração de relatórios altamente precisos”, conclui o executivo.

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