O Deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ) foi eleito na madrugada desta quinta-feira (14/07) o novo presidente da Câmara dos Deputados, em substituição a Eduardo Cunha (PSDB/RJ), que renunciou ao cargo após ser afastado de suas funções por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse período, a Câmara estava sendo comandada interinamente pelo vice-presidente Waldir Maranhão (PP/MA).
A disputa foi para o 2º turno, tendo Rodrigo Maia sido eleito com 285 votos, contra 170 obtidos por Rogério Rosso (PSD/DF), tendo ainda havido 5 votos em branco. Estiveram presentes na votação 460 deputados.
Rodrigo Maia permanecerá como Presidente da Câmara até 31 de janeiro de 2017, em uma espécie de mandato-tampão, quando haverá uma nova eleição para compor a mesa diretora da Câmara dos Deputados.
Logo após o anúncio do resultado, vários deputados passaram a gritar: “Fora Cunha”, fato que mostra claramente que o mandato de Eduardo Cunha como parlamentar corre sério risco, já que ele enfrenta uma ação no Conselho de Ética por ter mentido a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), quando afirmou não possuir conta no exterior.
Após a vitória, Rodrigo Maia chegou a se emocionar durante o discurso que fez no plenário da Câmara dos Deputados. Ele lembrou da família e do compromisso que tem com o povo brasileiro.
“Vamos partir de amanhã tentar governar com simplicidade. Nós temos muito trabalho a fazer, nós temos que pacificar esse plenário. Nós temos uma pauta do governo para discutir, mas também uma pauta da sociedade, que é também muito importante“, disse Rodrigo Maia.
Em seu discurso Maia afirmou que irá governar a Casa de Leis em conjunto com os demais partidos, mas que a prioridade é acabar com o império dos líderes, que costumam decidir sobre tudo sem consultar os demais deputados.
Rodrigo Maia disse ainda que vai devolver ao plenário [deputados] a soberania de decidir sobre questões importantes.
“Só de chegar aqui para mim já é uma grande vitória. Nós vamos governar essa Casa juntos. Nós vamos devolver a soberania ao plenário. Vamos trabalhar para acabar com o império dos líderes. Os líderes são fundamentais, mas não podem ser os únicos a terem a palavra“, concluiu Rodrigo Maia.
Com informações da Agência Brasil