Rotação de culturas é saída para compactação de solos

Foto: Divulgação

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Ensinar o produtor rural a diagnosticar a compactação de solo e orientar sobre a rotação de culturas como principal técnica para combater esse problema. Foi com esse objetivo que a Fundação MS realizou a palestra “Diagnóstico de áreas compactadas”, com o pesquisador Douglas Castilho Gitti, durante o Showtec 2016.

A compactação é definida pelo pesquisador como o adensamento do solo de 10 a 20 centímetros de profundidade que pode ser ocasionada, inclusive, pela concentração excessiva de nutrientes na superfície do solo. “O sistema radicular da planta não se desenvolve e ela não suporta um estresse hídrico, ocasionado por um período de suspensão de chuvas, por exemplo. Outro problema são os percevejos castanhos que acabam atacando mais facilmente a lavoura, justamente pela falta de desenvolvimento radicular”, disse.

De forma prática, Douglas explicou como o produtor pode fazer a avaliação em sua propriedade. “O produtor pode abrir uma espécie de trincheira no terreno, com profundidade de 1,5 a 1,8 metros e observar os pontos onde há maior resistência a entrada de um canivete ou mesmo observar se há atrofiamento da raiz”, orienta.

Para tratamento da compactação, a opção de correção mecânica com escarificação não é a melhor saída já que trata o problema de forma superficial. “A efetividade é curta porque o solo acaba se acomodando novamente”.

Douglas orienta a rotação de culturas para atacar de forma definitiva a compactação. “O plantio direto, feito de maneira inadequada é o principal responsável pela compactação. Com a rotação de culturas, há uma ativação biológica do solo, com maior desenvolvimento da raiz, aumentando a infiltração de água no solo, e distribuindo melhor a matéria orgânica no solo, promovendo, assim um aumento na macroporosidade”, finaliza.

Sobre o Showtec

Destinado aos produtores e empreendedores rurais, técnicos agrícolas, acadêmicos, entre outros, o Showtec é uma feira anual onde são apresentados produtos e serviços ligados ao setor agropecuário, lançamentos, inovações tecnológicas, sistemas de produção, palestras técnicas e resultados de pesquisas que contribuem para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

O evento é realizado pela Fundação MS e tem como principais promotores o Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) e conta com o apoio do Sindicato Rural de Maracaju, Prefeitura Municipal de Maracaju, Sebrae/MS (Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena e Micro Empresas), Senar MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul), Embrapa Gado de Corte, Embrapa Agropecuária Oeste, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Sicredi e Fundect (Fundação de Apoio do Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).

Fonte: Sato Comunicação

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