A necessidade da previdência privada aumentou consideravelmente após a aprovação da Reforma da Previdência. Com leis mais rígidas para se aposentar que devem garantir benefícios mais baixos no futuro, rever os planos de aposentadoria incluir apostar num plano de previdência privada.
Quem começou a investir em previdência privada em épocas de juros alto no Brasil pode estar perdendo dinheiro nesse momento. E pensando no futuro é preciso entender quando se torna preciso rever o plano de previdência para garantir mais estabilidade na aposentadoria.
Quem está pensando em investir na previdência privada também precisa considerar diversos fatores. Investir na previdência Porto Seguro, Itaú, Bradesco, entre outras instituições que oferecem estes planos necessita de uma boa pesquisa sobre o assunto.
Aqui neste artigo, vamos abordar os principais pontos que você deve considerar para identificar o momento exato de rever o seu plano de previdência, confira as nossas dicas abaixo:
Refaça as simulações de rentabilidade futura
O primeiro para rever o plano de previdência é fazer as simulações de rentabilidade com os juros mais baixos aplicados atualmente no Brasil. As simulações podem mostrar que no rendimento atual você pode ter um patrimônio acumulado bem menor do que planejou inicialmente na hora da aposentadoria.
E isso obviamente também diminuirá a sua renda vitalícia mensal. Especialistas indicam que o ideal é que as simulações sejam feitas com frequência, principalmente em uma economia tão instável como a nossa. Assim, você não será pego de surpreso no futuro e pode buscar melhores opções no presente para garantir uma aposentadoria mais tranquila.
As simulações podem mostrar que você talvez precise adiar a sua aposentadoria por alguns anos ou então deverá aumentar o valor dos seus aportes mensais para recuperar o desempenho com a queda de juros. E quem sabe, você também pode considerar a escolha de um plano composto por ativos de maior risco.
Cuidado com as taxas de administração
Outra opção para rever o plano de previdência é considerar as taxas de administração. Planos com fundos de gestão passiva seguem um índice de referência e não devem cobrar mais de 1% ao ano de taxa de administração.
Planos com taxa de carregamento podem e devem ser evitados ou trocados. Esta taxa é mais comum em planos de previdência antiga. Atualmente, há uma série de planos acessíveis que não cobram taxa de carregamento, o que diminui consideravelmente os custos de um plano de previdência privada.
Considere o aumento do valor dos aportes
Com os juros mais baixos, mesmo trocando de plano de previdência, é preciso considerar a possibilidade de aumentar o valor dos aportes mensais. Aportar a quantia atual não será suficiente com os juros baixos, como acontecia em tempos de juros altos no Brasil.
Com a expectativa de um rendimento menor, você deve aproveitar as simulações para considerar um aumento nos aportes para tentar chegar, pelo menos, próximo das suas previsões iniciais no futuro.
Se você prefere continuar com seu plano de previdência composto com ativos de menor risco, elevar o valor dos aportes é uma das melhores alternativas para recuperar o rendimento perdido.
É fundamental que você pense que este momento é de acumulação, com isso você também precisa pensar no acúmulo e não só no investimento, isso justifica o aumento do valor dos aportes.
Invista em planos com ativos de maior risco
Dados da consultoria Quantum Axis, que considera dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) aponta que 95% do patrimônio da previdência privada no Brasil estava investida em renda fixa em junho deste ano. Os planos mais conservadores dominam amplamente os investidores do setor.
Mesmo que as leis brasileiras permitam que os fundos de previdência privada invistam em ativos de maior risco como ações e imóveis, isso ainda não é tão popular no meio. Os investimentos concentrados em renda fixa neste momento tendem a render menos por conta dos cortes consecutivos da taxa Selic.
Então, se você não tem tanto receio dos riscos, a dica é procurar um fundo de previdência privada que seja composto, pelo menos em parte, por investimentos em ações, imóveis e fundos multimercados, que são investimentos com risco mais alto, mas com maior potencial de retorno.
As principais empresas de previdência privada no país já oferecem planos mais arrojados, principalmente os geridos por seguradoras. É fundamental que você o investidor considere o seu perfil, faça simulações e avalie criteriosamente os riscos antes de trocar de plano.
A previdência privada é uma alternativa viável para complementar a aposentadoria pública. Regras mais rígidas em relação ao cálculo e o tempo de contribuição para ter direito ao benefício público tornaram os planos de previdência privada ainda mais atrativos.
Como falamos ao longo do texto, a revisão do plano de previdência deve ser frequente para evitar surpresas no futuro. Foque no potencial de acumulação neste momento para tentar se manter fiel ao máximo as suas previsões de rentabilidade iniciais.