Santa Casa promove a 1ª Pedalada Viva pela doação de órgãos

Foto: Divulgação

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De janeiro a agosto de 2015, 63 pessoas foram diagnosticadas com morte cerebral na Santa Casa de Campo Grande, destas, 29 famílias foram entrevistadas. Desse total, oito tiveram seus órgãos doados para transplantes e familiares de 21 delas não autorizaram a doação, segundo dados da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) da instituição.

Para tentar mudar este quadro, a Santa Casa de Campo Grande, juntamente com a CIHDOTT, realizou o 1º Passeio Ciclístico Pedalada Viva. O evento faz parte da programação da “VII Campanha de Doação de Órgãos e Tecidos”.

Dupla Gilson e Júnior - Foto: Divulgação

Dupla Gilson e Júnior – Foto: Divulgação

Na ocasião, os ciclistas participaram das atividades de alongamento e bate-papo sobre doação de órgãos. A pedalada saiu do Paço Municipal com chegada na Santa Casa, onde receberam kits de participação e puderam curtir um show com a dupla Gilson e Junior.

O objetivo da campanha é esclarecer a sociedade a respeito da importância da doação e demonstrar à população que muitas vidas podem ser salvas por meio da doação e, ainda, que esse ato de amor pode garantir qualidade de vida a centenas de pessoas que estão na fila de espera dos transplantes.

Segundo o presidente da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, o evento foi realizadopara levantar a bandeira dessa causa e fazer com que esse assunto seja compartilhado pelas pessoas. “A ideia da campanha é fazer com que esse assunto seja discutido em família e faça parte do dia-a-dia das pessoas e, mais do que isso, que deixe de ser tabu, pois isso tem impedido que muitas pessoas se recuperem”, disse.

Wilson Teslenco, presidente da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa - Foto: Divulgação

Wilson Teslenco, presidente da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa – Foto: Divulgação

De acordo com a coordenadora da CIHDOTT Ana Paula Neves, os familiares recusam doar os órgãos por falta de informação. “A equipe é preparada para esclarecer todas as dúvidas da família, explicamos o processo de captação e a importância da doação, mas muitos recusam doar por medo, receio, indecisão, religião e até mesmo porque acham que o corpo não estará íntegro para o sepultamento”, explicou.

Para o técnico de enfermagem Joilson Ferreira da Silva, a iniciativa do hospital em prol dessa campanha tem impacto positivo. “Esse evento está sendo maravilhoso e deve acontecer todos os anos para que as pessoas se conscientizem da importância dessa causa”, disse.

Para se tornar um doador, é importante que a pessoa comunique à família sobre esta vontade, pois de acordo com a legislação dos transplantes no Brasil, a doação deverá ser consentida pelo familiar de até 2º grau. Essa conversa é fundamental para subsidiar a decisão da família na hora de doar os órgãos.

A Santa Casa de Campo Grande, de janeiro a agosto de 2015, realizou a captação de 15 rins e quatro fígados. A instituição é credenciada pelo Ministério da Saúde para realizar transplante de rim.

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