Scheidt e Borges garantem vaga na flotilha ouro do Troféu Princesa Sofia

Ao lado do proeiro Gabriel Borges, bicampeão olímpico inicia, nesta quarta-feira (29), a disputa da semifinal, na qual os 25 melhores barcos seguem na luta pelo título na tradicional competição disputada em Palma de Mallorca, na Espanha.

Scheidt e Borges no Princesa Sofia (Jesus Renedo/Energy Sailing/IBEROSTAR)

São Paulo (SP) – Robert Scheidt está na fase semifinal da classe 49er do Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca, na Espanha. Ao lado do proeiro Gabriel Borges, o bicampeão olímpico fechou o segundo dia de regatas na 19ª posição na classificação geral e garantiu vaga entre os 25 barcos que disputam, a partir desta quarta-feira (29), as regatas na flotilha ouro. Agora, a dupla brasileira vai lutar pelo top 10 a fim de conseguir largar na medal race, programada para sábado (1), no Club Nàutic S’Arenal e no Club Marítimo San Antonio de la Playa, na Baía de Palma.

Scheidt/Borges ganharam uma posição na tabela em relação ao primeiro dia de regatas na Espanha, saltando da 20ª para a 19ª colocação, com 52 pontos perdidos. Contudo, os resultados na flotilha não foram tão bons quanto no primeiro dia. Nesta terça-feira (28), os brasileiros cruzaram a linha de chegada em 15º, 13º e 14º lugares, contra 6º, 9º e 10º da estreia. Mesmo assim, a velejada consistente garantiu a boa posição na classificação geral e a possibilidade de seguir adiante na disputa que começou com 60 barcos e apresenta alto nível técnico. A liderança da competição é dos espanhóis Diego Botin Le Chever e Iago Lopez Marra, com 12 pontos perdidos.

Se o desempenho na água não empolgou Scheidt, nesta terça-feira, a classificação para a flotilha ouro, compensou. “Parecia que o vento seria bom, mas o vento foi diminuindo muito na primeira regata e cruzamos em 20. Porém, como cinco barcos largaram escapado e foram punidos, terminamos em 15º. Depois fizemos 13º e 14º. Na verdade, foi um dia um pouco irregular para nós. Erramos um pouco nas largadas. E, ao não largar bem, ficamos em situação difícil desde o início em todas as provas. Ainda conseguimos recuperar um pouco, especialmente na terceira prova. Mas, no geral, poderíamos ter ido um pouco melhor. A boa notícia foi entrar na flotilha ouro e poder velejar com os melhores do mundo por mais três dias”, disse o bicampeão olímpico, que é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex, com os apoios do COB e CBVela. A outra dupla brasileira da disputa, Carlos Robles/Marco Grael, subiu para o 15º lugar.

Scheidt ficou satisfeito por entrar na flotilha ouro (Jesus Renedo/Energy Sailing/IBEROSTAR

O maior medalhista do Brasil em olimpíadas, com cinco pódios, entrou na disputa do Troféu Princesa Sofia em função de seu alto nível e faz dessa competição mais uma importante etapa no processo de evolução na classe 49er. Consagrado na Star e Laser, o iatista aceitou, e está vencendo, o desafio de velejar em um barco maior, mais veloz e com estratégias diferentes. Aos 43 anos de idade, Robert mostra disposição para iniciar um novo ciclo olímpico, desta vez para Tóquio 2020.

A evolução de Robert na 49er pode ser comprovada pelo seu desempenho. Na Copa Brasil, disputada no início de março, em Porto Alegre, venceu quatro regatas, as primeiras na nova categoria, conquistando a medalha de prata. Antes de competir em águas brasileiras, disputou a etapa de Miami da Copa do Mundo de Vela, em janeiro. E conseguiu o 16º lugar na disputa que reuniu 26 barcos com os melhores iatistas do planeta. Na Miami Mid Winters, também no início de 2017, conseguiu 11º lugar no campeonato que envolveu 17 competidores.

A fase de classificação do Troféu Princesa Sofia terá provas até sexta-feira (31). As regatas da medalha estão marcadas para o sábado dia 1º de abril. A equipe brasileira conta com 17 velejadores no campeonato. Além de Scheidt/Borges, o país terá os seguintes atletas: Gabriella Kidd (Laser Radial), João Pedro Souto de Oliveira (Laser), Geison Mendes/Gustavo Thiesen; Ricardo Paranhos/Thiago Ribas; Pedro Correa/Rodolfo Streibel (470 Masculino), Carlos Robles/Marco Grael (49er), Jorge Zarif (Finn), João Bulhões/Gabriela Nicolino (Nacra 17) e Albert Carvalho; Brenno Francioli (RSX Masculino).

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:

Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)

Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)

Bronze : Londres/2012 (Star)

176 títulos – 86 internacionais e 90 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016.

Laser
Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013

*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*

*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

Mais informações: 

Site: www.robertscheidt.com.br

Twitter: @robert_scheidt

Facebook: Robert Scheidt

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