São Paulo (SP) – Maior atleta olímpico brasileiro, Robert Scheidt encerrou o dia como um dos favoritos na disputa por medalhas da 47ª edição do Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca, na Espanha. Mesmo não obtendo os seus melhores resultados nas duas regatas desta sexta-feira (1º), o brasileiro conseguiu pular da quinta para a terceira colocação com o 11º e o sexto lugares, com 64 pontos perdidos em dez regatas e um descarte, antes da medal race, neste sábado (2).
O neozelandês Andrew Maloney segue com folga na liderança, com 37 pontos perdidos (pp), assim como o croata Tonci Stipanovic, que tem uma boa vantagem em relação a Scheidt, na segunda posição, com 54pp. Os velejadores Julio Alsogaray, da Argentina, e Wannes Van Laer, da Bélgica, são os principais concorrentes diretos do brasileiro na briga por uma medalha, com 68 pp e 71 pp, respectivamente.
“Nesta sexta-feira tive uma boa média. Subi para a terceira colocação e amanhã (sábado) teremos a medal race com uma diferença de 10 pontos para o vice-líder, o Stipanovic, e apenas 4 para o quarto colocado, o Alsogaray. Teremos muitos pontos ainda em jogo. Agora é brigar para fazer uma boa apresentação na última regata”, afirmou o velejador, que é patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex, Deloitte e Audi, com os apoios de COB e CBVela.
A primeira participação de Scheidt no Troféu Princesa Sofia na classe Laser foi em 2014, quando o velejador completou a competição na nona colocação. Na época, após estar na liderança durante a primeira fase do evento, o atleta completou a medal race em quinto. O vencedor da regata final e campeão da Laser foi o australiano Tom Burton, com 75 pontos perdidos. Já na classe Star, o velejador foi o vencedor do Troféu Princesa Sofia em 2007 e 2012 ao lado de Bruno Prada.
Em 2016, Robert Scheidt começou com tudo a temporada e soma dois títulos consecutivos no ano. Após vencer no começo de janeiro o Brasileiro de Laser, no Rio de Janeiro, Scheidt conquistou no fim do mesmo mês seu sexto título em Miami da Copa do Mundo de Vela. Na carreira são 175 títulos – 86 internacionais e 89 nacionais – além de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze).
Classificação parcial, após dez regatas: –
- Andrew Maloney (NZL) – 37 pontos perdidos (2+2+1+9+8+5+6+2+[17]+2)
- Tonci Stipanovic (CRO) – 54pp (1+7+[26]+5+3+9+13+4+5+7)
- Robert Scheidt (BRA) – 64pp (4+4+5+2+[20]+14+17+1+11+6)
- Julio Alsogaray (ARG) – 68pp (1+2+10+[26]+2+20+2+6+4+21)
- Wannes Van Laer (BEL) – 71pp (3+3+19+4+11+11+[35]+13+2+5)
- Luke Elliott (AUS) – 77pp (3+3+[33]+6+22+28+1+9+1+4)
- Kristian Ruth (NOR) – 77pp (2+2+3+12+[34]+6+12+3+8+29)
- Jack Wetherell (GBR) – 96 pp (4+6+9+6+[38]+17+16+17+9+12)
- Charlie Buckingham (EUA) – 98pp (12+4+3+1+9+19+[38]+8+22+20)
- Jeremy O Connell (AUS) – 100pp (11+3+14+2+27+1+3+16+[42]+23)
Maior atleta olímpico brasileiro
Cinco medalhas:
Ouro: Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)
Prata: Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze: Londres/2012 (Star)
175 títulos – 86 internacionais e 89 nacionais, incluindo o Campeonato Brasileiro de Laser/2016 e a etapa de Miami da Copa do Mundo/2016
Laser
Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
Star
Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
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