Senar/MS apresenta programa de boas práticas agropecuárias no 1º Fórum Trabalhista

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Divulgar as boas práticas de desenvolvimento das atividades rurais, esclarecendo a sociedade sobre os avanços alcançados pelos produtores rurais no cumprimento das diretrizes da produção sustentável. Com este objetivo, o Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, por meio do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, apresentou nesta quarta-feira (23), durante o segundo dia de atividades do 1º Fórum de Integração Trabalhista do MS, um painel com o tema ‘A realidade do setor rural frente às exigências legais trabalhistas’.

A palestra foi ministrada pelo Engenheiro Agrônomo e de Segurança do Trabalho, Laurindo Petelinkar, que atua como instrutor em cursos de FPR – Formação Profissional Rural, do Senar/MS. O especialista é também consultor do programa ‘Soja Plus’, que desde 2014 tem objetivo de conscientizar os empresários rurais participantes sobre a importância da gestão econômica, social e ambiental da propriedade. “Nosso objetivo é mostrar algumas constatações observadas e acompanhadas em propriedades rurais de várias regiões do Estado. Nestes dois anos de funcionamento foram realizadas mais de 300 visitas e atendidos quase 6,5 mil trabalhadores do setor”, observa.

Petelinkar reforça que o Senar/MS tem um papel fundamental na aplicação das NR – Normas Regulamentadoras que norteiam a atividade rural, com a oferta de cursos focados em legislação, operação, manutenção de equipamentos agrícolas. “Os treinamentos contemplam assuntos que estão diretamente ligados ao trabalho nas propriedades, bem como ações preventivas que devem ser tomadas com intuito de atender as exigências dos órgãos fiscalizadores do trabalho”, acrescenta.

O chefe da Seção de Inspeção do Trabalho da SRTE/MS – Superintendência Regional do Trabalho, Kleber Pereira e Silva, acredita que a iniciativa do programa Soja Plus é um exemplo de boas práticas do sistema produtivo, visto que auxilia na melhoria das condições de saúde e qualidade de vida dos funcionários. “Ficamos satisfeitos em comprovar ações desenvolvidas pela federação e Senar/MS, no sentido de orientar os produtores rurais sobre o cumprimento das questões trabalhistas e de segurança do trabalho”, argumenta.

Informação a serviço da sustentabilidade – o instrutor do Senar/MS compartilhou com o público presente no painel as mudanças verificadas logo após a adesão dos produtores ao Soja Plus. “No acompanhamento realizado observamos uma mudança de postura, o desejo de estar adequado a boas práticas ambientais e a preocupação social com a região onde habita. Acredito o programa é uma ferramenta essencial para melhorar as condições de trabalho e desenvolvimento de toda cadeia produtiva do agronegócio”, considera.

Questionado sobre a integração possibilitada pelo Fórum, Petelinkar pontua: “é uma ótima oportunidade de conhecermos as realidades de todos os setores econômicos da sociedade, trocarmos experiências e informações que esclarecerão empregadores e colaboradores”, conclui.

Na avaliação do empresário, Rhuan Diego Grubert, o painel sobre o setor rural foi importante por levar informações que muitas vezes são desconhecidas da maior parte da população. “Tenho experiência de atuação no setor industrial e empresarial e tenho interesse em aprender mais sobre a área agropecuária. Posso dizer que fiquei satisfeito com as informações apresentadas, principalmente sobre as normas regulamentadoras como a NR31, condições ambientais e relações trabalhistas. Acredito que eventos como este levam mais esclarecimento para a comunidade, por aliar a teoria com a prática vivenciada pelos palestrantes”, ressalta.

Com formação em Engenharia Elétrica e Segurança do Trabalho, Grubert é perito judicial e conselheiro do Crea/MS – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Ele reforça a atual situação dos principais interessados no cumprimento das questões trabalhistas: os empregadores e funcionários. “Os conhecimentos debatidos mostram o que ocorre no cotidiano das relações de trabalho. No entanto, uma grande parte deste público insiste em realizar atividades segundo ‘pensam’ que está correto, sem levar em conta temas importantes como legislações e normas específicas para cada setor, além dos direitos e deveres das atividades em que atuam”, conclui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo