Historicamente, o setor de franquias sempre cresceu acima do PIB nacional e, em 2016, no auge da crise econômica, não foi diferente. Durante o ano passado o segmento gerou mais de 128 mil novas vagas de empregos diretos, isso por conta do baixo investimento que o setor necessita para gerar uma vaga de trabalho formal. “Enquanto na indústria são necessários quase R$ 140 mil reais para gerar apenas um posto de trabalho, no varejo esse número cai para menos de R$ 20 mil reais por cada vaga”, explica Pedro Almeida, diretor da Franchise Solutions, empresa de consultoria especializada em franquias.
Segundo o executivo, isso representa uma redução de 86% de investimento por vaga de trabalho gerada, ou seja, uma franquia com investimento médio de R$ 150 mil reais, gera, em média, de 5 a 7 postos de trabalho diretos, e outros indiretos, já que serão necessários investimentos em reforma e construção da unidade franqueada, além de serviços de contabilidade, fornecedores e prestadores de serviços.
“O segmento de franquias é cada vez mais importante para o mercado de trabalho. Além disso, é uma oportunidade de transformar a perda do emprego em uma oportunidade de ser dono do próprio negócio”, comenta Almeida. “Houve uma migração de profissionais que repentinamente foram demitidos e viram nisso uma oportunidade de transformar a perda do emprego em um processo de mudança. Usaram a rescisão contratual para adquirir uma franquia e consequentemente, geraram novos postos de trabalho”, diz.
Obviamente nem todos os desempregados possuem reserva financeira proveniente da rescisão contratual para comprar uma franquia e foi pensando nisso que algumas franqueadoras criaram novos formatos de franquias, a fim de diminuir o investimento e conquistar novos negócios como fez NYS Collection Eyewear, rede americana especializada em óculos, que agora, além do modelo de quiosque, também oferece aos interessados em abrir um próprio negócio a opção home-based, com investimento reduzido de R$ 15 mil reais.
Outra empresa que apostou nesse formato foi a Revista Território Feminino, uma rede paranaense que aposta em venda de anúncios para empresários e colunistas sociais das regiões onde possuem franqueados. Criada há um ano como uma incubadora de negócios, a rede de franquias virou referência para os paranaenses de Umuarama. O valor de investimento é de R$ 65 mil reais.