Durante fiscalização de rotina realizada pelo Sinpol-MS na tarde desta segunda-feira (14), a entidade constatou que agentes de polícia científica e peritos papiloscopistas estavam consertando o telhado do Instituto de Identificação e do IMOL de Campo Grande. Partes das telhas do prédio quebraram devido aos ventos e chuvas fortes que atingiram a cidade na semana passada.
Os policiais civis decidiram fazer o conserto com as suas próprias ferramentas, pois não há equipe de manutenção disponível na administração estadual e a contratação particular de um profissional custaria cerca de R$ 1800,00. De acordo com o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa, o servidor se expõe ao risco de machucar-se por estar realizando uma tarefa para a qual não foi preparado. “No momento em que estávamos no prédio, uma das telhas quebrou e um papiloscopista caiu dentro da laje. Ele bateu as costas, ficou um tempo sem ar, mas aparentemente não se feriu, mas poderia ter ocorrido uma fatalidade, caso o prédio tivesse apenas forro”, contou Barbosa.
Populares e servidores que estavam no lugar, assustaram-se com o estrondo que a queda causou. Além do risco ao que o servidor se submeteu pela falta de estrutura e manutenção do prédio, a população também é prejudicada, pois o tempo de atendimento e espera aumenta com menos pessoas atendendo a demanda. “É necessário que o Estado invista em infraestrutura e no servidor policial, para que a população tenha acesso ao serviço de excelência que necessita”, afirmou Barbosa.
O Sinpol-MS orienta a todos os policiais civis a não fazerem serviços de manutenção ou de qualquer outra natureza a não ser a policial. “Prestamos concurso e fomos treinados para proteger o cidadão através da investigação policial. É um desperdício de tempo e recursos estarmos fazendo outras atividades”, concluiu Barbosa.