O show de encerramento do projeto Som da Concha 2024 aconteceu no último domingo (15), em Campo Grande. A cantora Gio Resquin apresentou o show “Brasiguaia”, enquanto o grupo Falange da Rima trouxe o espetáculo “Falange da Rima Homenageia a Música de MS”. As apresentações foram realizadas na Concha Acústica Helena Meirelles, localizada no Parque das Nações Indígenas, com entrada gratuita, a partir das 18 horas.
Criado em 2008 pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), atualmente vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), o Som da Concha é um projeto que tem como objetivo valorizar e divulgar a música sul-mato-grossense. Em 2024, o evento expandirá suas apresentações para cidades do interior do estado, ampliando seu alcance e reforçando o compromisso com a promoção da cultura regional.
Em 2024 foram 28 shows realizados pelo projeto em 2024, em Campo Grande, e também no interior, como Aquidauana, Ponta Porã, Rio Verde, Dourados e Três Lagoas. A coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles, Wanda Brito se despede do projeto em 2024 aguardando o edital de 2025. “Este encerramento está sendo uma maravilha porque graças a Deus as coisas foram acontecendo a contento e a gente deu o recado como um todo. Agora vamos dar uma descansada para o ano que vem, vamos esperar o novo edital. Quero agradecer à minha equipe, que apesar de pequena é uma família, à toda a equipe da Fundação de Cultura, que está sempre por aqui”.
Gio Resquin, que fez o show de abertura deste último domingo, disse que é uma honra fechar este projeto tão bonito com chave de ouro. “Estou trazendo todo o meu coração neste show e eu espero que as pessoas recebam da mesma forma. O meu show é completamente da fronteira, com os ritmos que remetem ao que eu vivo lá em 17 anos, trazer músicas voltadas para o reggaeton, que é mais moderno, mas é uma mistura que eu vivi na fronteira. Eu nasci e morei até os meus 17 anos lá, e a minha família por parte de mãe é toda paraguaia, então tem muita influência disso, inclusive a parte da minha família que era de músicos era do lado do Paraguai, então eu estou agora resgatando essa minha herança e tudo isso eu estou trazendo para o meu novo som. É muito importante a gente ter esses projetos justamente pra gente ter mais visibilidade, poder trazer o nosso som, que muitas vezes a gente não tem portas para tocar música autoral, e aqui eu estou trazendo um show 90% autoral, é a primeira vez que eu estou fazendo isso, graças ao Som da Concha. Vida longa a projetos como esse!”
DJ Magão, do grupo Falange da Rima, afirmou ser uma honra fazer este encerramento do ano no Som da Concha. “Da melhor forma possível a gente está aqui para representar e fazer que as pessoas saiam daqui com uma impressão da hora do que foi esse ano de 2024 para a cultura do estado. A gente faz um show com algumas homenagens a alguns artistas que a gente tem admiração, em intervalos de algumas músicas nossas a gente procura homenagear esses artistas que têm uma referência, uma história com o Falange da Rima, como os Secos e Molhados, Délio e Delinha, Bêbados Habilidosos, entre outros”.
O Falange da Rima já é veterano no Som da Concha, e já participou de duas edições anteriores. “A gente participou de duas edições do Som da Concha, fomos o primeiro grupo de Rap a se apresentar no Som da Concha, o rap há pouco tempo atrás não tinha espaço na cultura e hoje nós estamos vendo que através dos editais, de projetos da Fundação de Cultura, está tendo mais espaço pra cultura de rua, que é o rap, o hip hop, então pra gente é muito importante e a gente faz isso com o maior carinho, com a maior dedicação, para as pessoas verem que a gente está levando isso de uma forma real e sincera”.
Na arquibancada, o estudante de publicidade Heitor Vinícius Sampaio Moura veio prestigiar o show com uma amiga. “Eu já presenciei alguns shows que tiveram por aqui. Estava andando no parque, vi que ia ter o show, e resolvi prestigiar. Vim para conhecer. Eu acho que o Som da Concha é uma iniciativa boa, de promover a cultura na cidade”.
Marcelo Folhes, engenheiro agrônomo, veio com o filho Bento, de 6 anos, e a filha Clarice, de 15 anos. “A gente estava passeando pelo parque, decidimos entrar aqui, vimos o movimento e resolvemos esperar o show começar. Eu curto MPB, rock, forró, sertanejo, rap, hip hop. Eu fiquei sabendo que o segundo show de hoje é um show de rap, bacana. Eu acho importante ter esse canal de divulgação da música local, da música regional e aqui é ume espaço especial para esse tipo de divulgação cultural, aberto ao público, um lugar belíssimo”.
Rafael Augusto Gomes da Silva, empresário, veio com a esposa Daiana, e o filho Antônio, a irmã Fabiana e a mãe Cláudia. “A gente acabou de chegar, vimos que estava sendo montada a estrutura, e viemos para ver o que ia acontecer aqui. Essa estrutura é bem legal, é muito importante para a cidade, trazer o pessoal da capital pra se apresentar e se mostrar para o mundo”.