A ciência e a tecnologia avançam em diversos segmentos e o de vacinas, principalmente com a pandemia da Covid-19, tem recebido investimentos. Novas vacinas chegaram ao mercado brasileiro, com maior eficácia.
Uma delas é a HPV Nonavalente, que imuniza contra 9 tipos de HPVs causadores de câncer e verrugas genitais. A vacina, assim como a Gardasil quadrivalente, é do laboratório MSD e além dos 4 tipos de HPVs contidos na Gardasil, possui mais 5 tipos, totalizando 9, oferecendo maior proteção que a vacina antiga.
Pessoas que já tomaram a Gardasil podem fazer novo esquema vacinal com a vacina nonavalente. O esquema e número de doses é o mesmo da Gardasil quadrivalente. De 9 anos até 14 anos, são duas doses com intervalo de 6 meses até no máximo 12 meses. E após os 15 anos de idade, o esquema é de 3 doses (0, 2 e 6 meses).
Outra vacina é do Herpes Zóster, que tem 97% de proteção de eficácia e pode ser aplicada em imunossuprimidos a partir de 18 anos. A vacina que era aplicada no país desde 2017 tem eficácia de 70% e é feita com o vírus ativo, o que impede a sua aplicação em imunossuprimidos.
Poucos sabem, mas existe vacina para essa doença, que vai acometer uma a cada três pessoas ao longo da vida. Na prática, qualquer indivíduo que teve catapora ou contato com o seu causador, o vírus varicela zóster, pode em algum momento ter herpes zóster. Mas como o tempo de incubação é longo, mais de 60% dos casos ocorrem após os 50 anos, por isso a indicação da vacina é para pessoas a partir desta faixa etária.
O grande problema do herpes zóster é que ele pode causar aos portadores dor intensa, que muitas vezes impossibilita movimentos simples, como vestir uma peça de roupa, deitar na cama ou até mesmo se mexer. Denominada neuralgia, essa dor pode durar de três semanas a seis meses dependendo do paciente, e exige prescrição de remédios potentes para ser atenuada. A enfermidade provoca lesões avermelhadas num único lado do corpo e pode atingir diferentes locais, como perna, coxa ou cabeça.
E para os idosos, uma vacina com mais antígenos, está disponível para evitar a influenza. A Efluelda® foi desenvolvida para uso na população idosa (acima de 60 anos), de forma a aumentar a resposta e eficácia contra o vírus influenza, através da maior concentração de antígeno presente por dose (240 µg de HE por dose/ 60 ug de cada cepa).
Ela estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos que ajudam a proteger contra a gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias, incluindo resfriado comum.
Dengue, uma doença que há anos acomete milhares de brasileiros, também tem uma nova vacina. A Qdenga é a primeira aprovada no Brasil para um público mais amplo (de quatro a 60 anos de idade). O imunizante aprovado anteriormente (Dengvaxia) só pode ser utilizada por quem já teve dengue.
A eficácia contra a dengue para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos para dengue (sem infecção anterior pelo vírus da dengue) foi de 66,2%. Já para os indivíduos soropositivos (indivíduos que tiveram infecção anterior pelo vírus dengue), esse valor foi de 76,1%. Essa vacina foi liberada para a venda, mas ainda não chegou às clínicas.
“Vacina não é coisa somente de criança, há vacinas para todas as faixas etárias e esse cuidado é fundamental para evitar doenças e complicações, promovendo assim melhor qualidade de vida e saúde para toda a população”, explica o Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, diretor técnico responsável Imunitá.