Steve St. Angelo, CEO da Toyota para a América Latina, afirmou durante o Salão de Buenos Airos que o Toyota C-HR não deve vir para o Brasil este ano, nem em 2018.
O executivo reconheceu a importância do segmento de SUVs compactos, mas justificou que no momento a matriz priorizou investimentos em outros mercados.
“A produção já está totalmente direcionada e teríamos que tirar unidades de outros mercados para atender ao nosso. Não temos essa possibilidade”, diz o executivo.
Por aqui, o C-HR precisaria ter motor 2.0 a combustão, configuração atualmente oferecida nos Estados Unidos. Aquele mercado é atendido pela fábrica localizada na Turquia. Esta planta é a única a fabricar o crossover no planeta, e hoje opera em sua capacidade máxima.
Apresentado em 2016, além dos Estados Unidos, o C-HR é comercializado na Ásia, Austrália e Europa.
Quando questionado sobre a viabilidade de produzir o utilitário-esportivo no Brasil, mais uma vez o presidente da Toyota descartou as chances. “Nesse caso, o investimento na fábrica seria muito elevado e não teríamos volume suficiente de vendas”, afirma.
Em vez de eliminar qualquer possibilidade de o C-HR vir para o Brasil, Steve St.Angelo disse que provavelmente o modelo chegaria na versão híbrida. E cumpriria inicialmente uma função mercadológica semelhante à do Prius, um carro de imagens, mas com vendas tímidas.
O C-HR utiliza a plataforma TNGA, a mesma do Prius e que também será utilizada na próxima geração do Corolla, que deve ser lançada em 2020. Os três modelos também compartilharão o mesmo conjunto mecânico híbrido. Ou seja: a médio-longo prazo, fabricar a plataforma TNGA no Brasil será quase obrigatório.