O Toyota Corolla nacional, reestilizado em março deste ano, conseguiu um feito e tanto em relação à segurança para passageiros. O sedã médio obteve nota máxima em nova bateria de crash tests do Latin NCAP, que envolveu choques frontal, lateral, de estabilidade (ESC) e a simulação de batida contra um poste, que exige a presença de airbags de cortina para proteção das cabeças dos ocupantes (adultos e crianças) nas duas fileiras de bancos.
Na avaliação do órgão independente que mede a segurança dos carros vendidos na América Latina, o Corolla se destacou, conquistando as cinco estrelas possíveis tanto para adultos quanto para crianças. O resultado reflete as evoluções promovidas na plástica de meia vida do modelo, que ganhou airbags de cortina, controles de estabilidade e de tração e até assistente de saída em ladeiras. Na versão anterior, os itens sequer eram opcionais.
Por sinal, não fossem os incrementos na segurança, o Corolla não obteria tal resultado na avaliação do Latin NCAP. Em 2016, o órgão passou a exigir o controle de estabilidade para creditar cinco estrelas, e o crash lateral passou a ser obrigatório, o que colocou em xeque alguns compactos de entrada, como Chevrolet Onix e Fiat Mobi, que receberam zero e uma estrela, respectivamente, nas novas baterias feitas pela organização.
O sedã da Toyota ainda foi bem na proteção para pedestres, o que lhe conferiu o selo Advanced Awards, conferido apenas aos carros que trazem algum sistema de segurança ativa ou oferecem boa proteção no teste que simula o impacto de um atropelamento na cabeça e perna de um pedestre. Com os resultados, o Corolla produzido em Indaiatuba (SP) repete o resultado do Volkswagen Golf (7ª geração), primeiro nacional a ter nota máxima.
Crash ao vivo
O Latin NCAP realizou esta nova bateria de testes com o Toyota Corolla no laboratório da Adac, em Landsberg, pequeno município bávaro vizinho à Munique. O sedã já havia passado pelo crivo do instituto em 2014, quando também obteve as cinco estrelas no crash frontal, mas ficou com quatro estrelas para crianças. Nos novos testes, o sedã não apenas conseguiu nota máxima, como encarou a batida de poste.
O teste foi introduzido em 2016 para simular uma batida contra objetos mais rígidos, como postes e árvores. Funciona assim: o veículo é colocado sobre uma plataforma móvel que percorre cerca de 54 metros a uma velocidade de 30 km/h até colidir contra um mastro fixo com diâmetro de 25 centímetros. Dentro da cabine é colocado apenas um boneco (dummie) adulto na posição do motorista, e a colisão ocorre sempre na lateral esquerda.
No caso do Corolla, a bateria foi feita sob minuciosa supervisão de engenheiros da Toyota, que ficaram junto ao sedã até os últimos instantes antes da colisão. O teste é muito rápido e leva menos de um minuto, entre a saída do veículo e a batida. Visualmente é menos chocante que o crash frontal, sobretudo por conta da velocidade de deslocamento menor, e do próprio estrago. Mas a preparação dos veículos e dos dummies leva dias e horas.
O procedimento segue à risca todos os protocolos estabelecidos por organizações similares, como Global NCAP e Euro NCAP. O último procedimento é a pintura dos dummies, para sinalizar o contato dos passageiros com os airbags ou outras partes internas. Uma sala cheia de computadores faz a leitura dos resultados instantaneamente. Neste teste, além da deformação controlada, a porta traseira não pode se abrir. Caso contrário, a nota é reduzida.
Veja abaixo fotos exclusivas no laboratório da Adac no dia do crash do Toyota Corolla.