Travis Pastrana recria salto histórico e manobra será exibida no History Channel

Piloto americano presta homenagem a Evel Knievel, famoso motociclista e dublê falecido em 2007

Travis Pastrana - Indian Scout FTR750 (Foto: divulgação)

Travis Pastrana – Indian Scout FTR750 (Foto: divulgação)

“A motocicleta também foi feita para voar”. Essa foi a frase dita pelo piloto de acrobacias americano Travis Pastrana antes de um dos maiores desafios de sua carreira: recriar um dos saltos mais emblemáticos de Evel Knievel, famoso motociclista e dublê, falecido em 2007, sobre as fontes do hotel Caesars Palace. A façanha vai ao ar em um especial no History Channel, chamado “Evel Live”, no próximo dia 18 de setembro, às 21h45.

No salto de 1967, embora tenha deixado a rampa bem, Knievel acabou errando na aterrisagem. O resultado foi um dos acidentes de moto mais famosos da história, que deixou o piloto em coma por 29 dias – ele também sofreu fraturas por todo o corpo: quadril, fêmur, pulsos e tornozelos, além de traumatismo craniano.

Diante do histórico assustador, Pastrana estabeleceu como meta principal do desafio “sair dali andando, sem nenhum osso quebrado”. Knievel, aliás, entrou para o Guiness Book em 1975, como o homem que mais fraturas sofreu, 443 no total, boa parte delas fruto dos 75 saltos entre rampas que realizou ao longo da carreira.

A manobra arriscada de Pastrana foi realizada sobre uma Indian Scout FTR750 e o salto foi muito bem sucedido. O especial “Evel Live” tem duas horas de duração e traz todos os detalhes da homenagem que o motociclista prestou a Knievel.

Travis Pastrana - Indian Scout FTR750 (Foto: divulgação)

Travis Pastrana – Indian Scout FTR750 (Foto: divulgação)

“Quero resgatar o espírito de Knievel, que não tinha medo de se arriscar e sabia aproveitar a vida ao máximo”, afirmou Pastrana, um astro do motociclismo, vencedor de 17 medalhas (11 de ouro) dos X Games, chamados de Jogos Olímpicos dos esportes radicais. “Knievel era de um tempo em que os acordos eram fechados com apertos de mão e não como hoje, por contrato. Quando ele falava que faria algo, fazia. E quando caía, fazia de novo.”

Usando o mesmo figurino do ícone, traje de couro branco com detalhes da bandeira americana e uma capa esvoaçante, Pastrana superou Knievel em três saltos históricos. No evento realizado em 3 de julho, diante de uma multidão, o piloto primeiramente bateu o recorde de “voar” sobre 52 carros (em 1973, Knievel tinha realizado a manobra, com 50 veículos). Em seguida, Pastrana saltou sobre 16 ônibus (proeza realizada pelo ídolo em 1975, com 14). As duas performances aconteceram no estacionamento do Hotel Paris Las Vegas.

Travis Pastrana (Foto: divulgação)

Travis Pastrana (Foto: divulgação)

Na última acrobacia, entre as fontes do Caesars Palace, ele superou Knievel ao aumentar a distância percorrida sobre as fontes de 43 para 45 metros, além de ter completado o desafio com perfeição. Tal como o precursor, ele saltou sem protetores no corpo.

“A ideia é mostrar que os pilotos de acrobacia, assim como os dublês em geral, não estão mortos. Perdemos espaço para a computação gráfica”, disse Pastrana, lembrando que o tributo a Knievel visa recuperar o glamour da profissão. “Knievel não só foi o homem que começou isso tudo como soube dar aos saltos aquela aura de espetáculo, que marcou os anos 1960 e 1970.”

Pastrana também relembrou quando conheceu Knievel. Após ganhar uma das suas primeiras corridas de supercross, em Daytona, aos 16 anos, ele foi encarregado de apresentar Knievel em um evento, mas o astro deu pouca atenção às suas palavras, já que estava, por assim dizer, ocupado. “Knievel não saltava mais e fora convidado para julgar um concurso de biquíni”, conta, aos risos. “Exatamente como eu esperava encontrá-lo após sua aposentadoria.”

Travis Pastrana - Indian Scout FTR750 (Foto: divulgação)

Travis Pastrana – Indian Scout FTR750 (Foto: divulgação)

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