Tutores de pets precisam estar atentos aos cuidados básicos com ou sem isolamento social

Médico-veterinário explica que o uso de antiparasitários, atenção aos exercícios e atenção com higiene devem ser requisitos essenciais para garantir a saúde do animal em qualquer época

Foto: Divulgação

São Paulo (SP) – O período de distanciamento social trouxe muitas dúvidas aos tutores de cachorros e gatos. É preciso manter hábitos como o uso de antiparasitários, exercícios e higiene mesmo com o pet dentro de casa ou apenas quando voltarmos a rotina normal? Márcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico pet da MSD Saúde Animal, esclarece a questão e explica que alguns cuidados são itens essenciais que os tutores devem adotar com ou sem o isolamento social para garantir uma vida saudável ao pet.

“Sim, a época em que estamos vivendo não influencia na utilização dos produtos para controle de pulgas, carrapatos e vermes, os quais devem estar em dia, bem como os exercícios. Não é porque os pets não são expostos a ambientes externos que não precisam de atenção. Mas, é importante saber que em tempos de proliferação da COVID-19 é recomendado redobrar os cuidados com a higiene”, esclarece.

Pulgas e carrapatos

A maior parte do ciclo de vida das pulgas e carrapatos acontece no ambiente, e temos muita dificuldade em visualizá-lo. Por isso, a proteção do animal contra estes parasitas, mesmo que não estejam fazendo passeios externos, precisa estar em dia, deixando os pets e o ambiente totalmente livres destes parasitas.

“As pulgas e os carrapatos podem ser levados para dentro de casa por meio das pessoas, pelas roupas e sapatos, ou até pelo animal, antes mesmo do início da quarentena. Dentro do lar, o ciclo de reprodução se inicia podendo durar longos períodos. Estes parasitas se alojam em pisos, cobertores, casinhas e podem transmitir doenças para o pet e todos os moradores da casa. Por isso, é importante que o tutor faça o uso da prevenção, e mais que isso, escolha um produto com longa duração e rápida eficácia”, explica o médico-veterinário.

Passeios

No período de isolamento é recomendado que os passeios sejam suspensos, mas sabemos que alguns animais só conseguem fazer suas necessidades fora de casa. Essa dica também é válida para a volta gradativa das atividades, já que é importante manter os cuidados. Então, nesse caso, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), é aconselhado que as saídas sejam rápidas, em horários com um menor número de pessoas, para evitar a exposição do tutor e o contato com outros animais e, na volta para casa, higienizar as patas e pelos do pet com água e sabão neutro, de preferência os que sejam adequados a uso veterinário. E, claro, não esqueça de levar sacos para coletar as fezes.

Exercícios

Com o distanciamento, muitos tutores estão suspendendo ou evitando passeios, mas a atividade física possui extrema importância para garantir a qualidade de vida do pet. Para gastar a energia, o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (PANAFTOSA-OPAS/OMS) e a Proteção Animal sugerem realizar diversas brincadeiras, como a famosa jogada de bolinha e oferecer petiscos escondidos para os cães. No caso dos gatos, a sugestão é conceder estruturas verticais que possam escalar. No fim, o importante é se movimentar.

Higiene

Segundo Marcio Barboza, nessa época, a higiene deve ser redobrada tanto no animal quanto no ambiente e seria bacana se os tutores pudessem fazer disso um hábito após o passeio. “É importante manter os banhos e os cuidados higiênicos com as vasilhas de água e comida, bem como com os locais que costumam ficar acomodados por mais tempo, como a caminha”, explica.

E, ainda de acordo com a World Animal Protection, os animais não precisam utilizar máscaras, já que podem interferir em sua respiração e causar problemas como estresse, dificuldade respiratória e desmaios.

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