A Uber abriu seu capital na bolsa de Nova York – a chamada oferta pública inicial – e captou US$ 8,1 bilhões em ações, vendendo cada uma a US$ 45.
Assim que o pregão abriu, as ações começaram com desvalorização, com recuo de quase 3,98% por volta do meio-dia (horário local). No final do dia, as ações estavam 7,62% abaixo do valor inicial. Na prática, significa que os investidores perderam US$ 3,43 a cada ação adquirida no primeiro dia de IPO (Initial Public Offering).
Com a venda inicial das ações, a Uber foi avaliada em US$ 82,4 bilhões. Esse valor é bem maior que o obtido pela Lyft em março – US$ 24,3 bi. Porém, o preço de cada ação da rival estreou a US$ 72.
A rentabilidade da empresa ainda é incerta, já que a Uber nunca obteve lucro desde que iniciou suas operações. Em 2018, a empresa faturou US$ 50 bilhões em corridas, mas mesmo assim teve US$ 1,8 bilhão de prejuízo. No ano anterior, foram US$ 2,2 bilhões de resultado negativo.
Alguns especialistas acreditam que existe a chance de a Uber jamais vir a ser uma empresa lucrativa, por conta da elevada competitividade no setor, sobretudo da chinesa Didi Chuxing, detentora da 99.
Só no Brasil, o faturamento da Uber foi de US$ 959 milhões em 2018. Somos o segundo maior mercado da empresa, com 600 mil motoristas cadastrados e 22 milhões de usuários em mais de 100 cidades.