Muita gente acha que é um exagero usar cinto de segurança em ônibus rodoviários. Pois essas pessoas estão erradas. Não há exagero nenhum em agir de acordo com o bom senso na prevenção de acidentes. Usar cinto de segurança em ônibus é fundamental. O problema é que a falta de informação e a negligência prevalecem.
Recentemente, foi lançada uma campanha em favor do uso do cinto de segurança em ônibus rodoviários pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) e pelo Governo do Estado de MS. A campanha teve o apoio de várias entidades, como o Ministério Público Federal-Procuradoria da República/MS; a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Observatório Nacional de Segurança Viária.
Nós, da CCR MSVia também estamos apoiando a campanha, porque acreditamos na efetividade do uso de cinto de segurança. Manter o cinto afivelado nos ônibus precisa ser transformar em hábito dos brasileiros, mudança de comportamento fundamental para minimizar os riscos em casos de acidentes.
Nos veículos de passeio, notamos que motoristas e passageiros já aderiram ao uso de cinto, o que tem permitido reduzir significativamente a gravidade dos acidentes. O desafio das instituições públicas e privadas ligadas à questão da segurança de trânsito, é conseguir os mesmos resultados em relação aos passageiros de ônibus.
Porque o conforto e as dimensões do ônibus rodoviário sugerem mais segurança. Entretanto, em uma freada brusca ou até em um acidente, o risco do passageiro ser arremessado para fora do assento é muito grande. Pode cair sobre outros passageiros ou até ser lançado para fora do ônibus.
Uma pessoa arremessada para fora de seu assento em um ônibus em acidente ou freada brusca perde completamente o controle de seus movimentos e se transforma em uma ameaça aos demais passageiros.
Para se ter uma ideia, em uma colisão, uma pessoa com peso de aproximadamente 70 kg é projetada para frente com um peso correspondente a 350 kg. Imagine no estrago que essa pessoa vai fazer a si mesma e aos demais passageiros nas quais esbarrar.
Em comparação com os demais veículos, são pouco comuns os acidentes envolvendo ônibus. Mas quando acontecem, tendem a provocar ferimentos em muitas pessoas. Isso porque a maioria dos passageiros atende à recomendação do motorista no ponto de partida e coloca o cinto. Mas desafivela o equipamento ao longo da viagem.
De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, divulgados pela campanha da Agepan, no caso de acidente de ônibus em que todos os ocupantes estejam usando o cinto de segurança, o número de mortos e feridos pode ser 75% menor.
O esforço da campanha de conscientização que está sendo realizada em Mato Grosso do Sul visa enfrentar um dos principais motivos da não utilização do cinto de segurança em ônibus rodoviários: a falta de informação.
Apenas 2% dos passageiros de ônibus rodoviários utilizam cinto de segurança. Isso acontece porque A imensa maioria dos passageiros que não afivelam o equipamento ignora os benefícios representados pelo cinto.
Por isso estamos batendo na mesma tecla com folhetos, faixas, cartazes e mensagens de esclarecimento na Rádio e na TV Educativas de MS. O uso do cinto reduz em 4 vezes o risco de passageiro se ferir em acidente.
Há os passageiros que não usam o cinto porque argumentam: ah, o cinto incomoda! Como esclarece a campanha, o incômodo passa, é uma questão de hábito. A vantagem vale o esforço para se acostumar ao cinto.
Reverter o atual quadro de descaso é fundamental. Por isso, repetimos: abrace essa ideia. #useocinto. A segurança de cada um depende de todos.
(*) Warley Nogueira é Fisioterapeuta e Coordenador de Interação com o Cliente da CCR MSVia no trecho Norte da BR-163/MS
Fonte: Sato Comunicação