Antes de embarcar para uma viagem, seja nacional ou internacional, não há quem deixe de fazer, dias ou meses antes, aquela listinha de tarefas para garantir que tudo sairá dentro do planejado. São itens variados, muitas vezes comuns em qualquer viagem. Mas para certos destinos, alguns checklists são essenciais e precisam ser inclusive, antecipados para garantir a viagem segura, como no caso das vacinas.
Viagens para diferentes regiões do mundo podem expor os viajantes a riscos de contaminação por vírus e bactérias que não estão presentes em sua localidade de origem. Por isso, a vacinação adequada é um passo fundamental para manter a saúde e evitar contratempos.
O médico e coordenador do curso de medicina da Faculdade de Medicina Uniderp de Ponta Porã, José Ricardo Scalise explica que as vacinas recomendadas variam conforme o destino da viagem, a idade do viajante e o histórico de saúde. “Entre as vacinas mais comuns estão as para tuberculose, febre amarela, difteria, meningite, tétano e coqueluche (DTP), hepatite A e B, influenza, sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) e pneumocócica. Para destinos em regiões tropicais, como África e América do Sul, a vacina contra a febre amarela é frequentemente exigida, enquanto viagens para áreas de risco de malária podem necessitar de medicações profiláticas e vacinas adicionais, como a febre tifóide”, menciona.
Além dessas, existem vacinas específicas para pessoas que irão a locais com surtos de doenças como raiva e meningite meningocócica. Os viajantes devem sempre consultar um médico ou um centro de vacinação especializado para determinar quais vacinas são necessárias de acordo com seu destino e histórico de saúde, segundo conta o especialista.
A antecedência na vacinação é um aspecto importante, já que algumas vacinas exigem um intervalo de tempo entre a aplicação e a viagem. “O ideal é procurar orientação médica de 4 a 6 semanas antes do embarque para garantir que todas as vacinas sejam aplicadas no momento certo e que o corpo tenha tempo suficiente para desenvolver a proteção necessária”, alerta Scalise.
Além da vacinação, é essencial estar ciente de outras medidas preventivas, como o uso de repelentes contra mosquitos, cuidados com a alimentação e ingestão de água potável, especialmente em regiões com riscos de doenças transmitidas por alimentos e água contaminados.