Vereador Francisco Gonçalves de Carvalho, do PSB, fez questão de cumprimentar o vereador André Salineiro, do PSDB, pela condução da audiência pública realizada segunda-feira, dia 3, para discutir a Reforma da Previdência. “Direito adquirido não pode ser subtraído em nome de uma crise que não foi criada pelos trabalhadores”, reagiu o parlamentar, destacando que o evento promovido pela Câmara “foi uma verdade aula sobre previdência social”.
O parlamentar declarou que é contra o projeto de emenda constitucional por inúmeras razões. Por exemplo: defende aposentadoria única para todas as categorias acabando assim com os privilégios de grupos abastados. Outro ponto mencionado diz respeito aos bancos e frigoríficos que estão devendo bilhões e que não acenam com a possibilidade de honrarem o compromisso com a União. “Eis aí uma excrescência que precisa ter um fim”, pontuou o Vereador.
De acordo com o parlamentar, se o governo fechar as torneiras da corrupção, por fim aos incentivos fiscais que estão beneficiando sonegadores, “a Previdência terá oxigênio financeiro suficiente para se tornar superavitária e assim pagar em dia aposentados e pensionistas”.
A reunião foi convocada pela Comissão Permanente de Legislação Participativa da Casa de Leis, composta pelos vereadores André Salineiro, Enfermeira Cida Amaral, João César Mattogrosso, Epaminondas Vicente Silva Neto (Papy) e Derly dos Reis de Oliveira (Cazuza), e reuniu membros da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), dos poderes Executivo e Legislativo, além de representantes das centrais sindicais e movimentos sociais.
Inúmeras foram as manifestações contrárias ao projeto como foi o caso do advogado Alexandre Isidoro Silva, membro da Comissão de Direitos Previdenciários da OAB/MS, do professor Roberto Magno Botarelli, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), do deputado estadual Amarildo Cruz, 2º secretário da Assembleia Legislativa, do presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Giancarlo Miranda, e do presidente da ACP (Associação Campo-grandense de Professores), Lucílio Nobre.